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Commodities

Em ano de recordes, matéria-prima ganha espaço nas exportações

Participação do setor nas vendas externas aumenta de 59% em 2010 para 62% no ano passado

Preços altos garantem receitas inéditas para o agronegócio e a mineração no comércio exterior em 2011

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
MAURO ZAFALON
COLUNISTA DA FOLHA

Um ano para não ser esquecido. Esse é o retrato de 2011 para o setor de commodities. Demanda aquecida, apesar dos problemas vividos pela economia mundial, e preços altos garantiram receitas recordes para o Brasil.

A participação das matérias-primas nas exportações brasileiras aumentou de 59%, em 2010, para 62% em 2011.

Na área agropecuária, as exportações são recordes, superando US$ 95 bilhões. Apenas os dez principais produtos do setor trouxeram US$ 76 bilhões para o país, 30% mais do que em 2010.

Praticamente todos os segmentos tiveram bom desempenho, mas as receitas vieram mais pelos preços do que pelos volumes exportados.

O café, no entanto, beneficiou-se de ambos, com destaque há muitos anos não visto na balança comercial. O volume exportado atingiu 33,3 milhões de sacas, com receitas de US$ 8 bilhões.

Vendas externas aquecidas e preços internacionais bons garantiram também uma forte elevação da renda interna dos produtores.

Apenas as 20 principais lavouras do país geraram receitas de R$ 206 bilhões no ano.

A soja, o principal produto agrícola do país, posicionou-se na liderança tanto nas receitas com exportações como nas vendas internas.

Dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que o complexo soja (grãos, farelo e óleo) gerou US$ 24,9 bilhões no ano passado, 47% mais do que em 2010.

Apesar do aumento da produção mundial, a oleaginosa manteve preços atraentes devido à demanda crescente da China. O país importou cerca de 55 milhões de toneladas.

As carnes, mesmo com barreira russa e perda de renda nos países mais ricos, tiveram evolução de 16% nas receitas do ano passado.

MINERAÇÃO

O setor mineral também bateu recordes em 2011. A produção de minérios atingiu o equivalente a US$ 50 bilhões, segundo estimativa do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), com crescimento de 28% ante 2010.

As exportações do setor somaram US$ 48 bilhões e, ao registrar expansão de 35%, representaram 20% do total exportado pelo país em 2011.

Assim como na área agrícola, a maior parte desse avanço deve-se a preços altos durante a maior parte do ano, principalmente do minério de ferro, responsável por 87% das exportações do setor.

Enquanto a receita com os embarques de minério de ferro cresceu 45%, o volume exportado subiu apenas 4% no ano passado, para 324 milhões de toneladas.

Com preços em forte alta, o ouro teve aumento de 25% nas exportações. As cotações subiram com a maior demanda de investidores e de bancos centrais, por conta da crise nos países desenvolvidos.

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