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Análise Mercados Emergentes

'Cinco frágeis' podem perder membros, com melhora da Indonésia e da Índia

JAMES KYNGE DO "FINANCIAL TIMES"

As duas luas que governam as fortunas dos investidores em mercados emergentes estão começando a minguar em uníssono.

Os investimento na China --o ponto de referência para os exportadores de commodities dos mercados emergentes-- estão se desacelerando, e o Fed (BC dos EUA) adotou tom mais duro quanto ao desmonte de seu esquema de estímulo monetário.

Na ultima ocasião em que um aspecto lunar dominou os mercados --no começo de 2014-- houve tumulto nos mercados nos chamados "cinco países frágeis": Brasil, África do Sul, Indonésia, Índia e Turquia.

Mas será que a história está destinada a se repetir?

"O crescimento nos emergentes vem sendo propelido pela demanda chinesa e pela liquidez mundial fácil, mas as duas coisas estão sob pressão agora", disse Maarten-Jan Bakkum, estrategista na ING Investment Management.

As preocupações dele são enfatizadas por dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, que reúne grandes bancos globais) que mostram que os influxos estimados para as carteiras de ativos de emergentes caíram em agosto, para US$ 9 bilhões, ante média mensal de US$ 38 bilhões de maio a julho.

Em termos de distribuição geográfica, houve saída de dinheiro dos países emergentes europeus e da África e uma redução acentuada da entrada nos emergentes asiáticos e na América Latina.

"Esse movimento de agosto pode marcar o início de um período de maior cautela entre os investidores mundiais com relação aos emergentes", afirmou Charles Collyns, economista chefe do IIF.

A despeito dos sinais pessimistas, muito mudou nos mercados emergentes --especialmente nos "cinco frágeis"-- desde as convulsões do começo do ano.

O índice de ações emergentes MSCI-ME subiu 19,3% ante sua marca de maior baixa, em fevereiro. Os rendimentos dos títulos dos emergentes caíram ao longo do ano, o que significa moderação nas percepções de risco.

Em termos cambiais, apenas duas das moedas dos "cinco frágeis" --o rand sul-africano e a lira turca-- registraram desvalorização neste ano, enquanto o real subiu 5,1%, a rupia indonésia, 4%, e a rupia indiana, 2,2%.

Vários analistas concordam que, um ano após o Morgan Stanley ter cunhado o termo "cinco frágeis", a expressão pode ter perdido o sentido.

Dois dos membros, Índia e Indonésia, oferecem argumentos convincentes para deixar para trás o estigma.

A Indonésia elevou os juros, ampliou suas reservas cambiais e está a caminho de reduzir o deficit em conta-corrente. A Índia cortou subsídios, e a perspectiva de inflação é mais estável que a da Indonésia em 2015 e 2016.

Determinar se essas melhoras poderão isolá-las contra as turbulências de mercado da intensidade do choque.

Mesmo assim, elas estão em posição muito mais forte do que as de seus companheiros entre os "cinco frágeis" (Brasil, África do Sul e Turquia) que fizeram pouco ou nenhum progresso em sanar seus deficit de conta-corrente e fiscais, dizem analistas.


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