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Mercado de carros elétricos tem desempenho abaixo do esperado

Apesar de movimento tímido, empresas vão aumentar produção

DO “FINANCIAL TIMES”

Os mais recentes modelos de veículos elétricos estão enfrentando problemas no mercado, e seu avanço é prejudicado pelo preço elevado e por gargalos nos componentes.

Em seu primeiro ano completo de vendas, o Nissan Leaf e o Chevrolet Volt, da General Motors -os primeiros de uma nova geração de carros acionados por baterias recarregáveis-, apresentaram vendas inferiores às esperadas pelas duas montadoras: um total agregado de 30 mil unidades.

O Volt, cujo desenvolvimento a GM acelerou em um processo que a companhia comparou com a "corrida à Lua", sofreu um revés depois que as baterias de algumas unidades pegaram fogo horas ou dias depois de colisões de teste.

A montadora norte-americana afirma que o risco está sob controle, em parte graças a um procedimento que corta a energia das baterias de carros que sofram colisões.

Mas ainda antes que o problema emergisse a GM já havia reconhecido que não conseguiria cumprir sua meta de vendas para o Volt no ano passado: 10 mil unidades.

Já o Nissan Leaf teve suas vendas prejudicadas por gargalos na distribuição e pelo terremoto no Japão.

O modelo vendeu 20 mil unidades nos 12 meses até novembro de 2011.

"Um pouco menos que esperávamos", diz Andy Palmer, vice-presidente de planejamento estratégico da montadora.

No entanto, o grupo japonês informou que o interesse pelo modelo foi forte o bastante para que a montagem de 40 mil Leafs esteja planejada para 2012.

A GM informou que planeja elevar acentuadamente a produção do Volt neste ano.

As montadoras e analistas setoriais dizem que ainda é cedo demais para formar um veredicto sobre uma tecnologia cujo potencial será realizado ao longo de décadas e não anos.

As modestas vendas iniciais dos carros elétricos resultam em larga medida do baixo número de modelos disponíveis, que crescerá em 2012 quando Toyota, Renault, BMW, Daimler e outras montadoras lançarão carros elétricos ou híbridos recarregáveis em tomada.

Mesmo assim, muitos analistas -até mesmo aqueles que confiam que os carros elétricos se provarão alternativa viável aos modelos convencionais, em longo prazo- estão reduzindo suas projeções de vendas devido à lenta adoção inicial dos primeiros modelos que chegaram ao mercado.

Adam Jonas, analista da Morgan Stanley, concluiu que os carros elétricos "não estão prontos para o horário nobre" e reduziu sua expectativa de penetração de mercado em 2025 a 4,5%, ante projeção anterior de 8,6%.

Tradução de PAULO MIGLIACCI.

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