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Índice do HSBC mostra melhora da indústria
Produção subiu em agosto, mas encomendas travaram e número de empregados caiu
A atividade da indústria brasileira melhorou em agosto pela primeira vez desde março, de acordo com o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), calculado pelo HSBC e compilado pela consultoria Markit.
O indicador que mede o desempenho industrial passou para 50,2, ante 49,1 em julho. Leituras acima de 50 indicam expansão.
A alta do PMI sugere que a atividade de negócios melhorou modestamente em agosto, no que deve ter sido uma recuperação após as interrupções causadas pela Copa.
Sob impacto negativo do evento, o PIB brasileiro caiu 0,6% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses deste ano.
Também ditaram o tombo do PIB a indústria e os serviços, com quedas de 1,5% e 0,5%, respectivamente. Agropecuária teve alta de 0,2%.
O aumento do PMI foi puxado por uma recuperação considerável da produção. Contudo, as novas encomendas permaneceram estagnadas, o que sugere que as perspectivas para o setor continuam fracas, diz André Loes, economista-chefe do HSBC.
O PMI mede a atividade da indústria levando em conta itens como produção, emprego, encomendas, estoques e preços, a partir de informações levantadas entre cerca de 400 companhias.
As empresas relataram aumento na produção e estabilidade nas novas encomendas, que tinham caído por quatro meses seguidos.
O número de empregados, contudo, caiu. A categoria de bens intermediários foi a de melhor desempenho entre os três subsetores monitorados, segundo o HSBC. Os demais são bens de consumo e bens de capital.
CERVEJA EM QUEDA
Já a produção brasileira de cerveja recuou 2,67% em agosto sobre um ano antes, a 1,036 bilhão de litros, segundo a Receita Federal.
O resultado negativo interrompeu uma série de seis meses de alta na produção na comparação anual.