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Governo decide hoje se amplia Minha Casa

Número de unidades da segunda etapa do programa pode passar dos atuais 2,75 milhões para 3,1 milhões

Medida atende a pleito do setor de construção, com o qual ministro da Fazenda marcou reunião para esta quarta

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Seguindo a estratégia do governo de melhorar o relacionamento com o setor privado, o ministro Guido Mantega (Fazenda) agendou para esta quarta-feira (17) reunião com representantes da construção civil quando será analisado o aumento da meta de habitações da segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.

Segundo a Folha apurou, o governo pode atender pedido do setor e elevar em 350 mil as unidades do programa, que passaria de 2,750 milhões casas para 3,1 milhões.

Assessores presidenciais disseram que a decisão será tomada na reunião desta quarta no Ministério da Fazenda, com o presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), José Carlos Martins.

Além de Mantega, vão participar a ministra Miriam Belchior (Planejamento) e o presidente da Caixa, Jorge Hereda, responsáveis diretos pelo programa.

O empresariado da construção civil já vinha reivindicando o aumento da meta desde meados deste ano para evitar que o setor passe por um momento de paralisação, depois de contratadas todas as obras para execução das 2,750 milhões de unidades da segunda etapa.

Empreiteiras afirmaram, inclusive, que, sem o aumento da meta, há risco de demissões no setor, já que as empresas não teriam condições de planejar novos projetos a partir do final deste ano e início do próximo ano.

Até agosto, já haviam sido contratadas mais de 2,5 milhões unidades. Ou seja, o setor está próximo de cumprir toda meta da segunda etapa.

Além do aumento da meta, o setor pede que a segunda etapa seja prorrogada por mais seis meses, até junho do ano que vem.

Seria uma forma de garantir um período de transição, garantindo obras antes que seja criada a terceira etapa do programa.

Inicialmente, a presidente Dilma pensou em lançar antes das eleições a terceira etapa, mas desistiu. Daí veio a proposta do empresariado de fazer um aumento emergencial da meta atual.

O setor da construção civil vai pedir ainda a criação de uma faixa de transição de renda para a futura terceira etapa do programa.

APOIO PRIVADO

Seguindo orientação do Planalto, a equipe econômica passou a atender pedidos do setor privado na busca de reconquistar seu apoio para a presidente Dilma Rousseff.

Na segunda-feira (15), Mantega reuniu empresários de multinacionais brasileiras e anunciou a extensão da redução da cobrança de Imposto de Renda sobre lucros no exterior para toda indústria. Na prática, a alíquota do IR caiu de 34% para 25%.

Na semana passada, o ministro já havia divulgado a volta da alíquota de 3% para o programa de estímulo a exportações, o Reintegra, em 2015. Este mecanismo devolve um percentual das vendas externas aos exportadores para dar mais competitividade à indústria brasileira.

As duas medidas também eram reivindicadas pelo empresariado, que anda descontente com o governo.

A decisão de intensificar as conversas com o setor privado e iniciar um processo de distribuição de bondades para os empresários tem como objetivo tentar evitar que eles passem a apoiar a candidata do PSB, Marina Silva, nesta reta final da eleição.

Marina aparece, nas pesquisas, como principal adversária da presidente Dilma.


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