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BC projeta recuo da inflação em 2015

Enquanto mercado espera alta de 6,3% no próximo ano, autoridade monetária prevê que avanço ceda para 5,8%

Previsões coincidem no índice deste ano, 6,3%; diretor da instituição não descarta aumento de juros, hoje em 11%

GUSTAVO PATU SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA

Mais otimista que os analistas de mercado, o Banco Central projeta um recuo da inflação no próximo ano, mesmo admitindo impactos da recente alta da cotação do dólar nos preços.

Segundo os dados apresentados nesta segunda (29), no Relatório Trimestral de Inflação, o IPCA, índice que serve de referência para as metas oficiais, deverá fechar 2014 em 6,3% e 2015 em 5,8%.

As estimativas de bancos e consultorias para este ano estão em torno da mesma taxa calculada pelo BC. Para o primeiro ano do próximo governo, porém, o mercado prevê a repetição da taxa em 6,3%.

Mesmo com a estagnação da economia, a inflação futura deverá ser pressionada por reajustes hoje represados de preços como os da gasolina. O próprio BC aponta que os preços monitorados pelo governo tendem a subir mais daqui para a frente.

Desde o início do governo Dilma Rousseff, a inflação tem superado as expectativas do BC e do mercado --o segundo, ao menos, tem errado por uma margem menor.

A projeção do BC para 2015 pressupõe a permanência de sua taxa de juros nos atuais 11% ao ano. Entre os analistas privados, já se imagina que o dólar --que nesta segunda subiu 1,69% e fechou a R$ 2,457-- possa encarecer os produtos importados e forçar uma alta dos juros.

"O realinhamento de preços administrados e, principalmente, a depreciação da taxa de câmbio ora em curso podem demandar aperto adicional da política monetária", afirmou relatório distribuído pelo Itaú Unibanco.

Para o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, o impacto do câmbio na inflação existe, mas é "bem menor" atualmente do que foi "há dez, 15 anos".

Ele não descartou a hipótese de uma mudança futura dos juros. "Se o cenário da inflação exigir, a política monetária deve ser e será acionada tempestivamente."

PIB

A estimativa do BC para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a renda gerada no país) neste ano foi reduzida de 1,6% para 0,7%; exatamente uma semana antes, o Ministério do Planejamento havia calculado 0,9%.

Os números são bem superiores às expectativas recém-divulgadas de bancos e consultorias, que apontam uma expansão de 0,29%.

Não há ainda uma previsão oficial para 2015, mas o BC projeta que, no período de quatro trimestres até junho, o PIB terá crescido 1,2%.

É o pior início de mandato desde que o tucano Fernando Henrique Cardoso foi reeleito, em 1998, e o Plano Real entrou em colapso com o salto da dívida pública e o esgotamento das reservas em dólar. Em junho de 1999, a economia acumulava queda de 0,6% em quatro trimestres.


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