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Dólar é melhor investimento em setembro
Moeda americana sobe 9,7% no mês; em 12 meses, fundos DI têm maior retorno para investidor, de 8,65%
Na lanterna do ranking, aparecem a Bolsa, que caiu no mês, e o ouro, no período de 12 meses, que subiu só 1,06%
A recuperação da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas fez com que o dólar liderasse, em setembro, o ranking de investimentos feito pela Folha. A moeda americana subiu 9,7% no mês, na maior valorização desde setembro de 2011.
Em 12 meses, os fundos DI deram maior retorno aos investidores, de 8,65%.
Também afetada pelo cenário eleitoral, a Bolsa ficou na lanterna no levantamento mensal e registrou o pior mês desde outubro de 2008. Em 12 meses, o ouro ocupa a última colocação da lista.
O ranking da Folha considera o rendimento das aplicações descontado Imposto de Renda, quando incidente.
MAIORES GANHOS
Com alta de 9,7% do dólar à vista (referência no mercado financeiro) no mês, os fundos cambiais --alternativa para o pequeno investidor que quer aplicar em moeda estrangeira-- fecharam setembro com avanço de 8,1% (ou 6,68% após desconto de IR, de 17,5% na categoria).
É a maior valorização mensal do dólar desde setembro de 2011.
Fatores internos e externos influenciaram a moeda americana no mês. No Brasil, o cenário eleitoral afetou a cotação do dólar, sobretudo após ganhar força a possibilidade de vitória da presidente Dilma Rousseff, afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
No exterior, a recuperação da economia americana causou a migração de investidores para ativos daquele país.
Por causa desses fatores, Galhardo vê a moeda americana com tendência de valorização no curto prazo.
Em 12 meses, o destaque ficou com os fundos DI, que subiram 8,65%. A alta reflete sucessivas elevações da taxa Selic entre abril do ano passado e abril deste ano.
PERDAS
A Bolsa teve, em setembro, o pior mês desde maio de 2012 após a recuperação da candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. Pesquisas mostram a atual presidente se distanciando da segunda colocada, a candidata Marina Silva (PSB).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa, teve queda de 11,7% em setembro, a maior desvalorização mensal desde maio de 2012.
Com isso, os fundos de ações livre --opção para o pequeno investidor que quer aplicar em Bolsa-- tiveram queda de 5,59% no mês.
Para Marcio Cardoso, diretor da Easynvest Corretora, a queda da Bolsa tem forte componente eleitoral.
"O governo que está aí tem uma janela de oportunidade mais curta que um governo novo para provar que pode mudar o rumo da economia. Se ficar na mesmice, é ruim para a economia", afirma.
Em 12 meses, a lanterna do ranking coube ao ouro, que subiu 1,06% no período.