Maioria é contra mudar pensão por morte
A maioria dos brasileiros não apoia mudanças propostas nas regras das pensões por morte --com as quais o governo conta para reduzir suas despesas nos próximos anos.
De acordo com a pesquisa feita pela CNI, 59% dos entrevistados disseram discordar total ou parcialmente da hipótese de a pensão ser paga apenas a cônjuges que não trabalhem, e 64% são contrários ao pagamento só a cônjuges em idade avançada.
O sistema de pensões brasileiro hoje não tem limitações e é considerado um dos menos restritivos no mundo. No ano passado, os gastos com pensão por morte somaram R$ 76 bilhões.
No geral, quando questionados genericamente sobre mudanças nas regras da Previdência, 73% dos brasileiros se dizem favoráveis, segundo a sondagem feita pela CNI.
RESTRIÇÕES
Mas há resistência, por exemplo, à ideia de se aposentar mais tarde e a restrições ao acúmulo de benefícios. A maior parcela dos entrevistados (39%) diz considerar que a idade ideal de aposentadoria é de 50 a 55 anos.
Por outro lado, há apoio à igualdade no tempo de aposentadoria --hoje professores, mulheres e trabalhadores rurais podem se aposentar mais cedo.