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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Preço do álcool cai 2,6% na semana em São Paulo e empata com gasolina

Em plena entressafra de cana-de-açúcar, o preço do álcool ao consumidor está em queda em São Paulo.

Pesquisa da Folha em postos de combustível da capital paulista mostra que o preço médio do etanol estava em R$ 1,917 ontem, retração de 2,6% ante a semana anterior.

Com esse valor e o preço médio da gasolina em R$ 2,721, o álcool empata com o combustível fóssil em termos de competitividade e pode voltar a atrair consumidores que deixaram de abastecer seus carros com etanol em busca de menor preço.

Vale a pena abastecer com álcool quando o seu preço é igual ou inferior a 70% do da gasolina. Ontem, ele estava exatamente em 70%.

Com a produção das usinas da região centro-sul paralisada, só há uma explicação para a redução de preço: queda na demanda.

"A venda de álcool despencou. Com a falta de consumidor, é preciso fazer promoção para vender o produto", diz José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de São Paulo).

Os dados mais atuais da ANP (Agência Nacional do Petróleo) mostram queda de 13% nas vendas de álcool no Estado de São Paulo em novembro, ante outubro.

Como o preço do álcool só subiu desde então, a retração nas vendas permaneceu nos meses seguintes.

O comércio parado levou as distribuidoras a reduzir os preços. Segundo a ANP, o etanol caiu 4% nas distribuidoras paulistanas nas duas últimas semanas.

Mas, como a oferta deve continuar baixa até maio, quando começa a moagem da nova safra, a maior procura por álcool pode ser seguida por novas altas de preço.

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Após seca, chuvas podem interromper perdas no Sul

As regiões produtoras de grãos mais prejudicadas pela estiagem no Sul registraram chuvas ontem e anteontem, o que pode interromper as perdas na produção.

Segundo Gervásio Paulus, diretor da Emater, órgão do governo do Rio Grande do Sul, as chuvas devem ajudar mais as lavouras de soja.

"É possível que elas estanquem as perdas", diz Metódio Groxko, agronômo do Deral, do governo paranaense.

Já no caso das lavouras de milho, cujo plantio aconteceu primeiro, a probabilidade de recuperação é menor.

Boa parte das perdas já está dada. No Rio Grande do Sul, a safra de milho deve ser 37% inferior do que a estimada e a de soja, 15% menor.

A quebra da safra paranaense de grãos é estimada em 11,5% pelo Deral, mas esse número deve ser revisado.

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Nova alta O preço do suco de laranja voltou a subir ontem em Nova York. Após dois dias de trégua, o primeiro contrato, com vencimento em janeiro, avançou 3,65%.

Especulações O mercado voltou a especular com a possibilidade de os EUA barrarem o suco brasileiro. Também pesou a queda de 2% na estimativa do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) para a produção da fruta na Flórida.

Café gourmet Depois de obter faturamento de R$ 36 milhões em 2011, aumento de 20% ante o ano anterior, a torrefadora Café do Centro espera crescer 25% neste ano. Para isso, aposta nos cafés especiais.

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PRATA

-1,99%

Ontem, em Nova York

ALUMÍNIO

-2,20%

Ontem, em Londres

TATIANA FREITAS (interina)

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