Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Marcopolo não projeta expansão para 2015
Apesar da entrada em vigor de medidas que favorecerão as fabricantes de ônibus neste ano, a Marcopolo não deverá crescer em 2015.
A projeção é do CEO da empresa, José Rubens de la Rosa: "Uma boa meta será repetir o resultado de 2014".
Até setembro do ano passado, a companhia registrou uma receita operacional líquida de R$ 2.464,9 bilhões --queda de 9,9% na comparação com o mesmo período de 2013. A retração no lucro líquido chegou a 25,6%.
O desempenho levou o grupo a reduzir, em novembro, sua expectativa de receita líquida para 2014 de R$ 3,8 bilhões para R$ 3,4 bilhões.
Os funcionários voltaram a trabalhar na segunda (dia 12), após três semanas de férias coletivas. "Em 15 anos, nunca havíamos parado por tanto tempo. Não demitimos, mas estamos no limite."
A companhia atua hoje com 40% de ociosidade. Tanto as indefinições políticas como a falta de regulamentação do sistema de autorização para o transporte interestaduais de passageiros pela ANTT prejudicaram a empresa no ano passado.
A expectativa de que a regulamentação --que deverá reduzir a idade média das frotas de dez para cinco anos--saia até junho, no entanto, anima o executivo.
"A perspectiva é otimista, mas a medida só deverá virar receita 90 dias após a implantação. Ainda não consigo dizer que 2015 será tão positivo."
"A curva é ascendente. Depois desses anos mais difíceis, 2016 e 2017 serão de recuperação", acrescenta.
O aumento das tarifas de transporte urbano também deverá favorecer a indústria.
A companhia ainda aposta que um incremento das exportações, principalmente para África e América Latina, ajude na retomada. "O dólar elevado deu mais competitividade, mas o real poderia se desvalorizar ainda mais."
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MPEs paulistas têm pior mês de novembro desde 2008, diz Sebrae
O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo caiu 5,7% em novembro de 2014 na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com pesquisa do Sebrae-SP.
Esse é o primeiro recuo de receita do setor em um mês de novembro desde 2008.
"Tradicionalmente, há mais dinheiro no mercado nessa época, porque algumas empresas pagam a primeira parcela do décimo terceiro, mas isso não trouxe muito impacto em 2014", diz Letícia Aguiar, economista e consultora da entidade.
No acumulado dos 11 primeiros meses de 2014, a retração foi de 0,7%.
A região do ABC foi a única que registrou crescimento em novembro.
"A alta de 3%, entretanto, não se deve a um cenário positivo isolado, mas sim à base fraca de comparação, uma vez que os municípios tiveram um desempenho ainda pior em novembro de 2013."
A parcela de micro e pequenos empresários que acham que a economia vai melhorar no primeiro semestre de 2015 caiu de 25% para 17% --recorde de pessimismo em toda a série histórica, iniciada em 2005.
Ao todo, 2.716 pessoas foram entrevistadas.
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BALANÇA AMERICANA
Cerca de dois terços (68%) dos americanos ouvidos para uma pesquisa disseram que o comércio exterior é bom para a economia do país, segundo o Pew Research Center.
O nível de aceitação é parecido entre republicanos (68%) e democratas (71%).
Sobre os benefícios específicos trazidos pelos negócios internacionais, no entanto, os percentuais de aprovação são bem mais baixos.
Do total, 20% disseram acreditar que o comércio estrangeiro cria empregos. Para 17%, as operações colaboram para a alta dos salários.
A Parceria Transatlântica de Comércio e Investimentos (TTIP, em inglês), acordo comercial que está em discussão entre Estados Unidos e União Europeia, recebeu o aval de 53% dos ouvidos.
Foram entrevistados cerca de mil americanos.
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CLIENTES DO FUTURO
A apesar de a geração Y (dos nascidos entre 1980 e 2000) não ser muito ativa na compra de carros novos, o interesse desse público por tecnologia será primordial para o futuro da indústria de automóveis conectados, segundo estudo da GfK.
No Brasil, na Rússia e na China, 55% dos condutores entrevistados com até 34 anos consideram um carro com sistema de entretenimento integrado "muito" ou "extremamente" atrativo.
Entre os motoristas com mais de 45 anos, esse percentual cai para 33%.
Na Alemanha, no Reino Unido e nos EUA, o apelo à tecnologia é citado por 46% dos mais jovens e por 20% dos mais velhos.
À medida que crescem os modelos com sistema de entretenimento a bordo e wi-fi, aumenta o potencial de consumo desse nicho: 75% dos entrevistados da geração Y disseram que pretendem adquirir um carro nos próximos cinco anos. Foram ouvidos 6.000 consumidores.
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Sociedade... O escritório TozziniFreire tem três novos sócios. Fernanda Pimentel e Oduvaldo Lara Júnior nas áreas trabalhista e corporativa.
...ampliada A advogada Tatiana Lins Cruz, por sua vez, no segmento antitruste. Os três já faziam parte do quadro de funcionários da banca.
Inovação... A rede de institutos de inovação criada pelo Senai fechou 2014, seu primeiro ano de atuação, com cerca de R$ 100 milhões em projetos contratados por indústrias brasileiras em seus 13 centros em funcionamento.
...na indústria No total, há 70 negócios assinados e outros 107 em prospecção, o que pode significar mais R$ 160 milhões nos próximos meses. Há estudos nas áreas de automação, polímeros e metalurgia, entre outros segmentos.
Vendas... A Empreendimentos Japonês, dona de centros comerciais na região Sul, terá um novo complexo com outlet e hotel em Sombrio, no extremo sul de Santa Catarina. A estrutura ficará na margem da rodovia BR-101.
...no Sul A primeira etapa, que inclui um shopping de moda, recebeu aporte de R$ 12 milhões e será entregue nesta semana. A segunda fase terá hotel e centro comercial, mas o valor do investimento ainda não foi fechado pela empresa.