Escritórios elegem 'acionista comum' em ação contra Petrobras
Prazo para pedir para liderar um processo nos EUA contra estatal terminou nesta sexta
Centenas de investidores demonstraram interesse em participar da ação coletiva contra a Petrobras nos Estados Unidos, de acordo com advogados envolvidos com o caso. O prazo para que os investidores interessados em liderar processo protocolassem requerimento na Corte de Nova York terminou nesta sexta-feira (6).
A Folha teve acesso a duas petições. A primeira, dos escritórios Wolf Popper e Almeida Advogados, aponta dois aposentados brasileiros, com perdas de US$ 1,5 milhão e US$ 639 mil.
"Os autores escolhidos para serem apresentados à corte de Nova York não são tubarões de mercado, grandes e suspeitos bancos, ou aparelhados fundos de pensão. São pessoas de verdade, que perderam dinheiro de verdade", afirmou André Almeida.
Segundo ele, os escritórios foram contatados por "centenas de acionistas individuais, fundos, assets e family offices." A outra petição, das firmas Stull, Stull & Brody e TheGrantLawFirm, apresentou dois investidores com perdas totais de US$ 644 mil.
Pela lei norte-americana, todas as ações serão unificadas em uma só. Para isso, o juiz responsável pelo caso, Jed Rakoff, deve decidir se aceita o processo contra a Petrobras e apontar quem será o investidor a liderar a ação.
O escritório de advocacia que estiver representando esse investidor será responsável por defender os interesses de todos os acionistas.
O juiz escolhe como líder quem representa melhor a classe de investidores --geralmente, quem teve as maiores perdas. Estão contemplados no processo todos os que compraram ADRs (recibos que representam ações de uma empresa na Bolsa de NY) da companhia entre maio de 2010 e 21 de novembro de 2014, independentemente de entrar com requerimento na corte.