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Demora em liberação de área afeta ida de siderúrgica para o RJ

Moradores resistem a polo industrial do Porto de Açu, bancado por Eike Batista

DENISE LUNA
ENVIADA ESPECIAL A SÃO JOÃO DA BARRA (RJ)

A resistência à implantação de um distrito industrial ao redor do Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense, pode comprometer a instalação da siderúrgica ítalo-argentina Ternium

no local.

A construção da siderúrgica na região já era dada como certa, mas, de acordo com Conceição Ribeiro, presidente da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio), as dificuldades para retirar moradores das áreas desapropriadas podem fazer com que o grupo desista do projeto.

O distrito industrial está sendo construído ao redor do porto do Açu e bancado pelo empresário Eike Batista em terreno de sua propriedade.

O núcleo deverá ocupar uma área de 70 milhões de metros quadrados. Até agora foram desapropriados 23 milhões de metros quadrados, em meio a denúncias de irregularidades no processo.

A previsão é que até 2025 o complexo industrial receba US$ 40 bilhões em investimentos.

Os protestos se agravaram após denúncias do uso de milícias para retirar os moradores da região.

"Há indícios de uso de segurança privada à paisana e isso tem que ser autorizado pela PF", disse o procurador federal Eduardo Santos de Oliveira, que investiga o caso. Ele solicitou informações à Polícia Federal.

De acordo com Rodrigo Santos, vice-presidente da Associação dos Produtores Rurais e Imóveis da região, as pessoas que tiveram propriedades desapropriadas preferem uma indenização a ir para a Vila da Terra, conjunto de casas que está sendo construído pela LLX, uma das empresas de Eike.

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