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BNDES terá crédito para concessão de aeroportos

O financiamento total estimado é de R$ 5,3 bilhões para as três unidades

Prazo é de 15 anos para Guarulhos e Brasília e de 20 anos para Campinas; recursos serão dados até 2018

PEDRO SOARES
DO RIO

Para assegurar o sucesso do leilão de concessão de três aeroportos à iniciativa privada, o BNDES será o instrumento do governo para oferecer crédito barato e de longo prazo aos interessados em entrar na disputa.

Os três empreendimentos terão à disposição um financiamento estimado em R$ 5,3 bilhões.

Os recursos serão desembolsados pelo BNDES até 2018, quando se encerra o programa de investimento previsto na concessão para ampliar a capacidade de passageiros e fazer melhorias na operação dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos), Campinas e Brasília.

Ao todo, serão aplicados R$ 7,3 bilhões nas obras, segundo o BNDES.

O diretor de Infraestrutura do BNDES, Roberto Zurli, disse que os investimentos, assim como a liberação dos recursos do banco, vão ser distribuídos quase que igualmente ano a ano até 2018.

A expectativa é que já em 2012 cerca de 15% do valor financiado seja emprestado aos novos concessionários.

Segundo o diretor, a primeira fase de investimentos deve ser concluída até 2014, a tempo de adaptar os aeroportos à maior demanda de passageiros durante a Copa.

Mas outras melhorias, diz Zurli, estão previstas para além desse período.

O BNDES vai financiar até 80% dos projetos.

O banco estatal emprestará com as mesmas condições já adotadas para o setor de transporte, mas ampliou os prazos de financiamento.

Os aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Brasília terão prazo de 15 anos. O aeroporto de Campinas terá financiamento de 20 anos.

Os juros serão de, no máximo, 10,5% ao ano, mas podem cair, dependendo do risco de crédito do consórcio que tomar o empréstimo.

EDITAL

O edital do leilão estipula uma participação relevante (de 45% a 49%) da estatal Infraero nos consórcios.

Há ainda a obrigatoriedade de participação de uma empresa com experiência em operação de grandes terminais (5 milhões de passageiros/ano). Só empresas estrangeiras se encaixam nesse perfil.

Zurli elogiou a regra. "A operação aeroportuária é muito complexa. São muitos agentes envolvidos, e a empresa que vai operar os terminais será uma grande coordenadora dessas atividades, que envolvem as companhias áreas, a Aeronáutica, os locatários de espaços nos aeroportos", afirmou.

INTERESSADOS

Oito grupos interessados já foram ao BNDES à procura de informações sobre o financiamento -todos com um operador estrangeiro.

Já demonstraram interesse no leilão o indiano GMR, a espanhola OHL (em consórcio com a operadora Aena, da Espanha), a EcoRodovias (associada à alemã Fraport) e a CCR (com a Flughafen Zürich AG), entre outras.

Os valores mínimos para a concessão foram fixados em R$ 3,4 bilhões (Cumbica),

R$ 1,471 bilhão (Viracopos) e R$ 582 milhões (Brasília).

Ganha a concessão o grupo que oferecer o maior valor no leilão. Nenhum grupo, porém, poderá assumir mais de um aeroporto.

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