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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Chuvas começam a segurar colheita de MT

A chuva continua sendo um problema para os produtores brasileiros. Falta no Sul e sobra no Centro-Oeste.

Em Mato Grosso, dificulta a colheita. Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, não há quebra de safra no Estado, maior produtor nacional de soja, mas um adiamento da colheita dos 5% das lavouras que já estão à espera das máquinas.

O prolongamento dessas chuvas na região deve provocar, no entanto, uma perda de qualidade do produto.

Além disso, o excesso de chuva e a baixa radiação solar propiciam o aparecimento de doenças, principalmente da ferrugem. O tempo chuvoso dificulta o combate a elas, diz Santos.

A chuva contínua na região afetará também as lavouras de algodão já semeadas porque essa cultura não suporta um solo muito encharcado.

A partir de hoje, no entanto, a chuva para em determinadas regiões, permitindo a volta à colheita.

A situação mais grave continua no Rio Grande do Sul, diz o agrometeorologista. Os produtores do Estado, que já tiveram perdas de 50% no milho e de 10% na soja, "têm um cenário pouco confortável para os próximos dias".

Não há previsão de chuvas para este final de semana, o que deve ocorrer só no próximo. O problema é que serão chuvas pontuais e com baixo volume.

Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul têm uma condição um pouco mais confortável. "Choveu bem na região, o que estagnou as perdas; as lavouras têm suporte por mais uns dez dias."

As perdas dos produtores paranaenses atingem 15% no milho e 10% na soja, segundo Santos. Já em Santa Catarina os percentuais atingem 18% e 12%, respectivamente.

Os produtores argentinos também enfrentam problema semelhante ao dos gaúchos. A quebra de safra no país vizinho e no Sul do Brasil dá suporte aos preços internacionais dos grãos.

De onde vem 1 A Rússia foi a líder em fornecimento de adubos ao Brasil no ano passado. As empresas brasileiras compraram 4,4 milhões de toneladas no país, 21% dos 20,7 milhões de toneladas importados durante 2011.

De onde vem 2 O segundo maior fornecedor foi Belarus, país da Europa oriental. De lá, o Brasil importou 2,94 milhões de toneladas, acima dos 2,68 milhões vindos do Canadá, segundo dados da Secex.

Na baixa O preço do etanol continua recuando e o primeiro contrato negociado na BM&FBovespa já está em R$ 1,17 para o combustível hidratado. A queda foi de 1,2% ontem.

Ruim O ano passado não foi um bom período para os produtores de cebola, batata, amendoim e arroz, segundo o Ministério da Agricultura. Todos esses produtos tiveram perdas no Valor Bruto da Produção.

Concentração Esses produtos, com produção concentrada no Sul, trouxeram problemas para os Estados da região. Santa Catarina teve queda de 11% no VBP, que recuou para R$ 4,3 bilhões.

Como fica Após atingir R$ 206 bilhões em 2010, o VBP das principais lavouras deve atingir R$ 216 bilhões neste ano. O clima pode afetar essa estimativa.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Londres

Petróleo

(US$ por barril) 111,55

Cobre

(US$ por tonelada) 8.351

Nova York

Cacau

(US$ por tonelada) 2.320

Café

(cent. de US$)* 226,65

*por libra-peso

Com KARLA DOMINGUES

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