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Em crise, Kodak pede concordata nos EUA

Pioneira da fotografia portátil, empresa contraiu um empréstimo de US$ 950 milhões para se manter na ativa

Protegida dos credores pela lei de falências americana, companhia vai ter tempo para reestruturar negócios

DA REUTERS

A Eastman Kodak entrou com pedido de proteção contra falência nos EUA, após um prolongado declínio. Na conta das invenções, possui as câmeras portáteis e a tecnologia responsável pelas primeiras imagens da Lua.

A companhia recebeu uma linha de crédito de US$ 950 milhões, com vencimento de 18 meses, do Citigroup para continuar funcionando. Concordata e o empréstimo podem dar tempo à Kodak para se reestruturar, quando a empresa deve vender 1.100 patentes de tecnologia digital.

"Agora teremos que concluir a transformação, reestruturando ainda mais nossos custos e efetivamente nos capitalizando sobre os ativos de propriedade intelectual não essenciais", declarou o presidente do conselho e presidente-executivo, Antonio Perez, em comunicado.

A Kodak entrou com o pedido de concordata no tribunal de falências do distrito sul de Nova York.

INOVAÇÃO

Mesmo que tenha sido pioneira na área de foto e cinema, a Kodak não conseguiu se adaptar a tecnologias mais modernas rápido o suficiente. Um exemplo é a câmera digital, produto inventado pela própria companhia. Seu valor de mercado caiu para US$ 150 milhões ante os US$ 31 bilhões de 15 anos atrás.

Nos últimos anos, a Kodak concentrou suas atenções mais na área de impressoras. Mas a estratégia fracassou de restaurar o lucro, algo que a Kodak não registra desde 2007. Estancar a perda de recursos se tornou mais difícil para empresa que tem de arcar com gastos trabalhistas e outros benefícios de funcionários e aposentados.

CAMINHANDO NA LUA

George Eastman fundou a Kodak em 1880 e começou a fazer chapas fotográficas. A empresa registrou a marca Kodak oito anos depois. Também lançou a câmera portátil e os filmes de rolo.

Quase um século após a fundação, o astronauta Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969. A nave americana Apolo 11 tinha a bordo uma câmera Kodak para fotografar a superfície do satélite.

Seis anos depois da viagem à Lua, a Kodak inventou a câmera digital. Em vez de apostar nelas, a empresa a deixou de lado e passou anos vendo as rivais conquistando o mercado que criara.

Em 1994, a empresa separou o setor de tecnologia da divisão de produtos químicos Eastman Chemical, que se mostrou mais bem-sucedida.

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