Mercado/Tec
Samsung lança Galaxy S6 e cutuca Apple
Com corpo de metal e tecnologia de carregamento rápido, companhia coreana tenta conter avanço da americana
Em 2014, empresa lançou o S5, que não empolgou, teve queda de 11% nas vendas e reduziu lucro em 32%
A Samsung apresentou neste domingo (1º) a nova a nova geração de seu principal smartphone, o Galaxy S, com a expectativa de reverter os resultados ruins de 2014 -- um ano para a empresa esquecer, no qual foi atropelada pela Apple entre os modelos de celulares de ponta.
Na parte traseira, o Galaxy S6 tem novo material: em vez do criticado plástico das edições anteriores, é de alumínio e vidro. As bordas do aparelho lembram o iPhone.
A transição para o metal rendeu uma alfinetada na Apple. Em uma apresentação que antecedeu a Mobile World Congress, em Barcelona, Younghee Lee, vice-presidente da companhia, disse: "Esse não vai entortar". Trata-se de uma referência ao iPhone 6 Plus, que no ano passado foi alvo de reclamações de usuários por ter ficado curvo após ficar nos bolsos dos donos.
Internamente, o telefone também sofreu uma mudança importante. Ele leva um processador fabricado pela própria corporação, o Exynos. Assim, a empresa abandona a Qualcomm, responsável pelos chips dos principais telefones do mercado.
A bateria, que vem embutida no aparelho e não é removível, tem tecnologias de carregamento sem fio e carga rápida (dez minutos no carregador são suficientes para quatro horas de uso).
O aparelho estará à venda em 20 países a partir de 10 de abril (o Brasil não está confirmado ainda na lista inicial).
O momento da Samsung pede mudanças importantes. No ano passado, enquanto o Galaxy S5 não empolgou, a Apple entrou com sucesso no segmento de telas grandes com o iPhone 6 Plus, antes dominado pelos coreanos.
Pela primeira vez em três anos, a Samsung fechou com queda no lucro, de US$ 33,1 bilhões em 2013 para US$ 22,5 bilhões nos 12 meses seguintes (encolhimento de 32%).
Assim, a Apple encostou no posto de maior fabricante de celulares. Segundo a consultoria IDC, a companhia coreana vendeu 75,1 milhões de unidades (20,01% de participação) e a americana, 74,5 milhões (19,85%). Mas a Samsung teve queda de 11% nas vendas, e a rival cresceu 46%.