Novo crédito ao setor elétrico será de R$ 3,1 bi
O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) afirmou nesta terça-feira (3) que o último empréstimo ao setor elétrico, com a intermediação do governo, custará mais que o previsto inicialmente.
Contas iniciais, confirmadas pelo governo, indicavam a necessidade de captar R$ 2,5 ou R$ 2,6 bilhões. Segundo Braga, serão R$ 3,1 bilhões, número fechado oficialmente pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), incluindo já o pagamento de juros.
O montante reflete as dívidas pendentes de 2014 das distribuidoras de energia, que em novembro e dezembro tiveram de comprar energia mais cara para atender seus consumidores. Ao longo do ano passado, outros dois empréstimos foram tomados, somando R$ 17,8 bilhões. Ou seja, a conta total é de R$ 20,9 bilhões.
Segundo ele, 12 dos 13 bancos envolvidos no último empréstimo participam das negociações.
No início do ano, o governo já considerava fazer a última rodada de empréstimos apenas com bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES.
A estratégia, porém, começou a ser repensada, uma vez que o governo agora quer também esticar o período para pagamento dos empréstimos anteriores, que seria de dois anos.
A ideia é que o pagamento possa ser feito em quatro anos, reduzindo o impacto dos repasses desse custo extra para a tarifa dos consumidores.