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Entrega do Apple Watch vai levar ao menos um mês
Alguns modelos do relógio, que entrou em período de pré-venda, vão chegar à mão do consumidor em junho
Analista diz que espera está mais relacionada ao estoque do aparelho, disponível em 9 países, do que à demanda
Consumidores interessados no Apple Watch, relógio inteligente que entrou em pré-venda em nove países nesta sexta-feira (10), terão de esperar ao menos um mês para receber o produto.
Logo depois que o cadastro on-line foi aberto no site da fabricante, alguns dos 20 modelos disponíveis passaram a ter entrega programada para quatro a seis semanas. Em outros, a encomenda só chegará em junho.
Houve aglomerações nas lojas para testar o aparelho --por enquanto, o produto pode ser comprado apenas pela internet. Não há data para a chegada ao Brasil.
O Apple Watch pode ser sincronizado com o iPhone 5 ou modelos superiores para mostrar notificações de aplicativos, e-mails, condições de trânsito e a hora. Jornalistas que testaram o produto disseram nesta semana que há uma certa lentidão na sincronização desses dados, feita por bluetooth, entre os dois aparelhos. Também é possível receber ligações.
O relógio, que custa ao menos US$ 349, começa a ser vendido oficialmente no dia 24, pela internet e nas lojas (é preciso marcar hora antes). Isso inclui butiques em cidades como Paris, Londres e Tóquio, em uma estratégia da Apple para posicionar a ferramenta como algo de luxo.
As estimativas de vendas do produto para este ano variam bastante. A consultoria Piper Jaffray prevê 8 milhões de unidades, enquanto a Global Securities Research estima 40 milhões. A Apple vendeu quase 200 milhões de iPhones no ano passado.
"O começo da pré-venda do Apple Watch mostrou a típica Apple. As expectativas de entrega foram postergadas para os modelos mais populares após cinco minutos. Depois de uma hora, apenas alguns indicavam entrega no dia do lançamento", disse Walter Piecyk, analista da BTIG Research.
Gene Munster, da Piper Jaffray, afirmou ao site especializado "Re/Code" que o tempo de entrega tem mais relação com o estoque da Apple do que com a procura.
"Se a demanda fosse extremamente forte, os prazos teriam continuado a aumentar", disse.