Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Venda de equipamentos médicos cai 9,9% no 1º tri
O setor de equipamentos médico-hospitalares e odontológicos registrou queda de 9,9% nas vendas no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2014, segundo a Abimed (entidade do segmento).
O recuo é visto com surpresa pela indústria, pois o segmento não costuma ser afetado por crises econômicas.
"Normalmente, nosso mercado é descolado do PIB, pois tem uma demanda reprimida. A população envelhece e as inovações são constantes", diz o presidente-executivo da associação, Carlos Goulart.
Nos três primeiros meses de 2014 e de 2013, o faturamento em dólares avançou 12,7% e 7,3%, respectivamente.
O resultado negativo deste começo de ano é consequência do reajuste fiscal e da incerteza dos empresários.
O mercado é composto por 50% do setor público e 50% do privado.
"Quando os gastos do governo, seja municipal, estadual ou federal, são reduzidos, nossa área é muito afetada", afirma Goulart.
A alta do dólar é outro fator que atinge o segmento. "Como o setor depende de importações, as empresas ficam esperando para ver se a cotação vai se estabilizar."
Em 2014, as vendas da indústria cresceram 6,36% chegaram a US$ 11,7 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões). No início deste ano, previa-se uma expansão mais modesta, de no máximo 5%.
"Mas agora é prematuro fazermos uma análise."
MÃO NA MASSA
A Santa Amália, empresa mineira de alimentos, vai investir R$ 50 milhões para ampliar a sua capacidade de armazenamento e lançar novas linhas de produtos.
O aporte dará continuidade à expansão da fábrica em Machado (MG) realizada no ano passado.
"Agora que a planta produz 40% mais, os centros de distribuição precisam acompanhar esse incremento", afirma Vicente Barros, CEO da fabricante, que pertence ao grupo peruano Alicorp.
As sete unidades, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, terão um incremento na capacidade instalada entre 10% e 30% cada uma.
"Também vamos automatizar alguns processos na fábrica para trazer mais agilidade à produção."
Cerca de R$ 12 milhões serão destinados ao lançamento de oito novos produtos e na melhoria de pontos de vendas no país.
"Nosso maior foco de atuação neste ano serão as regiões Nordeste e Centro-Oeste", diz o executivo.
6,3 BILHÕES DE SOLES
foi a receita líquida do grupo Alicorp em 2014, o que equivale a R$ 6 bilhões, segundo conversão atual
700 MILHÕES DE SOLES
foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no ano de 2014
19,5%
foi a participação do Brasil na receita do grupo no 4º trimestre de 2014
2.100
são os funcionários no país
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PRATO PERUANO
As exportações de produtos agrícolas do Peru para o mercado brasileiro cresceram 95% em 2014 na comparação com o ano anterior, de acordo com o escritório comercial do país.
Foram embarcados 46,7 milhões de toneladas de alimentos no ano passado contra as 23,9 milhões de toneladas em 2013.
As vendas geraram um volume de negócios de US$ 80,8 milhões (R$ 243,2 milhões, na cotação atual).
"Esse desempenho tem acompanhado a procura cada vez maior de turistas brasileiros ao Peru que acabam conhecendo a nossa gastronomia", diz Antonio Castillo, diretor-geral do escritório.
Dos 35 itens embarcados, a uva e a quinoa cresceram acima de 200%.
"A nossa safra de uva é entre setembro e dezembro, quando nem Brasil, Chile e Argentina tem produção."
"Neste ano, vamos apostar no envio de alimentos com adição de quinoa, como o macarrão", afirma Castillo.