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Dilma vai definir mais cargos na Petrobras

Decisão será tomada com a nova presidente da estatal, Graça Foster, que assumiu comando da empresa como interina

Duas mulheres são cotadas para a área de Exploração e Produção, que mais concentra investimentos

DENISE LUNA
DO RIO
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

Diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster não precisou esperar até fevereiro para experimentar como será seu futuro na presidência da estatal.

Como já ocorreu outras vezes, obedecendo a um rodízio entre diretores, Foster assumiu ontem o lugar de José Sergio Gabrielli, que viajou para Davos, Suíça. Na quinta-feira ela comandará a reunião semanal da diretoria.

Na sexta-feira passada, antes de seu nome ser oficialmente indicado ao cargo, Graça esteve em Brasília com a presidente Dilma Rousseff.

Dilma, responsável pela escolha de Graça, influenciará na definição de alguns postos-chave da Petrobras.

Já está decidido que haverá mudança na principal área da empresa, a diretoria de Exploração e Produção.

Segundo a Folha apurou, Graça e Dilma decidirão juntas o nome do substituto de Guilherme Estrella, atual responsável pelo cargo.

Dois nomes são cotados: Solange Guedes, gerente-executiva de Engenharia de Produção, tem perfil parecido com o de Graça e é uma das auxiliares mais próximas de Estrella; Magda Chambriard, diretora da ANP (Agência Nacional do Petróleo), é funcionária aposentada da estatal, mas pesa contra ela o fato de ter ainda mandato na agência até o fim deste ano. Mesmo que antecipe sua saída, terá de cumprir um período de quarentena antes de voltar para a Petrobras.

A principal missão de Foster é garantir aumento da produção, que não tem crescido nos últimos anos. A diretoria de Exploração e Produção responde por 57% dos investimentos da empresa. O governo quer mais recursos para a área e melhorar a qualidade desses gastos.

DESAFIOS

Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ, aumentar a produção será uma tarefa difícil, porque os obstáculos continuam os mesmos da época de Gabrielli.

A exigência de conteúdo nacional mínimo, estipulado pelo governo para equipamentos usados na indústria de petróleo, não foi alterada, e a velocidade da indústria local tem sido insuficiente para acompanhar a expectativa de crescimento da empresa.

Jean-Paul Prates, diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia, conta com a proximidade de Graça com Dilma para atuar contra o impasse da exigência de conteúdo nacional.

"Ela pode fazer ajustes cirúrgicos em casos pontuais, alterar alguns projetos visando uma performance melhor da Petrobras", disse.

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