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Análise

Negócio pode pressionar os preços para baixo

JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO

A transferência de controle da Net para o grupo mexicano Telmex, do bilionário Carlos Slim, pode favorecer o consumidor, mas não tanto quanto se esperava.

Nos bastidores, já se sabia que esse negócio ocorreria tão logo o novo regulamento de TV a cabo fosse aprovado. Mas, no final, não saiu como o esperado pelas empresas.

Para a Telmex, assumir o controle abre caminho para investimentos que façam sentido ao próprio grupo, já que a Globo passa a ser acionista minoritária.

Mesmo assim, a emissora tentou manter seu poder de veto, algo que a atual legislação não permite.

De acordo com o regulamento de TV a cabo, a Globo não poderia mais ter o controle de uma empresa de distribuição (caso da Net).

Caso o poder de veto fosse mantido, a emissora estaria exercendo o controle, mesmo como minoritária.

Mas também para a Telmex houve surpresas. Apesar de ter sinal verde para novos investimentos na Net, a empresa já está sendo pressionada a cumprir regras de cobertura em definição pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

A Net vê perspectivas de ampliar a sua cobertura em no máximo 15%, chegando a novas cidades que têm demanda por pacotes (internet, TV e telefone).

A Anatel quer que a empresa amplie sua rede para algo entre 40% e 50%, pelo menos, incluindo cidades que não teriam tanto interesse comercial.

Diante desse cenário, não se espera que a Net vá atender os interesses do governo, levando TV paga a lugares supostamente sem demanda.

Nos lugares aonde chegará, entretanto, existem outras operadoras e isso pode pressionar os preços para baixo, algo que é bom para o consumidor.

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