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Vazamento de óleo no litoral do RS prejudica turismo local

O vazamento de petróleo ocorrido anteontem durante uma operação da Transpetro -divisão da Petrobras para transporte de combustíveis- ameaça o restante da temporada de verão em um dos principais balneários do Rio Grande do Sul.

Desde a quinta-feira, quando 1,2 metro cúbico de óleo vazou em um ponto próximo à orla, os banhistas não estão autorizados a entrar no mar nas cidades de Tramandaí e de Imbé, no litoral norte.

Ontem, em vez de turistas, a faixa de areia de Tramandaí estava tomada por retroescavadeiras e equipes de limpeza. Um mutirão da Transpetro e da prefeitura conseguiu retirar a maior parte do óleo endurecido que cobriu cerca de 3 km da orla.

Mas a recomendação do órgão ambiental do Estado é que os turistas evitem até pisar na areia nas partes mais atingidas.

A poluição espantou os veranistas e deixou em alerta os comerciantes. Ontem, parte dos quiosques nem abriu em Tramandaí, que recebe mais de 200 mil turistas no verão.

INVESTIGAÇÃO

O vazamento aconteceu a 3 km da praia durante o descarregamento de um navio fretado pela Transpetro. O óleo seria levado por meio de dutos submarinos até um terminal em terra.

Segundo a Polícia Civil, um representante da Petrobras que registrou boletim de ocorrência na madrugada de ontem relatou que provavelmente houve falha em uma válvula de segurança durante a operação.

Foi instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente ambiental. O Ibama enviou uma equipe à cidade e dependendo do resultado da análise, a empresa pode ser multada.

O Ministério Público afirmou que pretende processar a companhia por danos morais causados aos veranistas.

A Transpetro informou ontem que não havia mais indícios de óleo no mar e que concluiu a limpeza da praia.

Ainda de acordo com a empresa, uma comissão interna vai investigar as causas do acidente.