Com compra da Nokia, Microsoft tem prejuízo recorde
Companhia perdeu US$ 3,2 bilhões no segundo trimestre; descontada a aquisição, americana teve lucro
A Microsoft teve um prejuízo de US$ 3,2 bilhões de abril a junho, a maior perda trimestral da história da empresa, fundada há 40 anos.
O resultado negativo é efeito de encargos relacionados à divisão de celulares Nokia e cortes de empregos, além de uma demanda fraca pelo sistema operacional Windows.
Descontada a aquisição da fabricante finlandesa, a companhia teve lucro de US$ 6,4 bilhões (aumento de 39% em relação ao período correspondente no ano anterior).
Já o faturamento caiu 4,7%, para US$ 22 bilhões, valor próximo ao estimado por analistas consultados pela agência Reuters.
No início deste mês, a Microsoft anunciou que vai realizar 7.800 cortes de trabalhadores, afetando principalmente a divisão. Esta foi a segunda rodada de demissões na empresa desde que ela foi adquirida pela gigante americana, no ano passado –um ano antes, ela anunciou a saída de 18 mil funcionários.
Além disso, a Microsoft disse que fará uma baixa contábil de US$ 7,6 bilhões relacionada à aquisição do negócio de celulares da Nokia. A empresa informou ainda que terá um encargo com a reestruturação de entre US$ 750 milhões e US$ 850 milhões.
OUTROS FATORES
O fim do suporte ao Windows XP causou uma menor demanda de fabricantes pelos sistemas operacionais da marca, que lançará seu Windows 10 no próximo dia 29.
Smartphones também tiveram retração, com queda de 68% no faturamento (ainda que o número de unidades vendidas no segundo trimestre tenha crescido 10%).
Por outro lado, o faturamento oriundo de sua linha de tablets "profissionais" Surface cresceu 117%, para US$ 888 milhões; e a divisão de videogames Xbox teve incremento de 30%, para 1,4 milhões de unidades.
O número de assinantes do Office 365, nova maneira de distribuição do pacote de programas de produtividade da empresa, também teve incremento, de 3 milhões, para 15 milhões de pagantes.