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Tendência da cozinha 'inteligente' ainda sofre resistência

Executivos do setor prometem eletrodomésticos conectados a celulares e à web; para especialista, moda ainda não ganhou força

ANDREW MARTIN
DO “NEW YORK TIMES”

A revolução "inteligente" se expande dos celulares para outros eletrônicos. Fabricantes já esperam faturar muito com a venda de refrigeradores que oferecem receitas com base nos produtos que estão dentro deles, aspiradores de pó equipados com câmeras de controle remoto e lavadoras que podem ser monitoradas via celular.

Executivos do setor dizem que os esforços para tornar as cozinhas mais inteligentes estão apenas começando -e que os eletrodomésticos se tornarão melhores e mais baratos com o passar dos anos.

Há, entretanto, quem questione tal tendência. Pelo menos por ora. "É algo que existe já há algum tempo e ainda não ganhou empuxo", diz Neil Strother, analista da Pike Research.

"Há uma secadora bacana aqui, um refrigerador avançado acolá. Mas é preciso um pacote melhor. Se desejam que eu pague US$ 200 a mais pelo aparelho, precisam me oferecer algo mais."

Parte da tendência mais ampla de desenvolvimento de produtos eletrônicos, que começou com celulares e avança a televisores e eletrodomésticos, essa onda de "inteligência" tomou a última edição da CES (Consumer Electronics Show), a feira anual de eletrônica em Las Vegas (EUA), realizada neste mês.

A ideia é que os consumidores possam controlar os aparelhos, capazes de comunicação sem fio por meio de seus celulares, tablets e televisores. Assim, o proprietário de um refrigerador poderia verificar que comida este abriga usando o celular -em alguns casos, enviar fotos para exibição na tela de cristal líquido do refrigerador.

Apesar das vantagens, são muitas as ressalvas. O quanto um consumidor pagaria a mais é uma delas. A necessidade de conexão a uma rede elétrica "inteligente", que controlaria o uso de energia, é outra -esses projetos mal começaram nos EUA.

Christopher Mims, colunista de tecnologia, diz que, embora existam recursos interessantes, outros são supérfluos. David MacGregor, presidente da Longbow Research, afirma que aparelhos inteligentes farão mais sentido quando o setor de construção se recuperar e puderem ser incorporados a casas novas.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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