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Maioria aprova fim das sacolinhas em SP

Datafolha indica que 57% são a favor do acordo que baniu o uso das embalagens plásticas nos supermercados

Pesquisa feita na capital mostra que 66% dos entrevistados são contra cobrança da versão biodegradável

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

Motivo de embate entre a indústria plástica e o varejo, o fim da distribuição de sacolinhas pelos supermercados de São Paulo é aprovado pela maioria da população da capital do Estado.

Pesquisa feita pelo Datafolha revela que 57% dos paulistanos são a favor do acordo feito entre o governo do Estado e a associação que representa os supermercadistas para banir as sacolas plásticas gratuitas. A medida entrou em vigor no dia 25.

O percentual de aprovação avança quanto maior a escolaridade e a renda dos entrevistados, chegando a 66% entre os com nível superior e a 72% entre os que ganham mais de dez salários mínimos.

"A aprovação é reflexo da preocupação que existe na população com a questão do meio ambiente", afirma Roberto Nascimento de Oliveira, professor do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Para Eduardo Andrade, professor de Marketing de Serviços e Relacionamento do Ibmec, acordos como o que baniu a distribuição das sacolas plásticas normalmente entram em vigor quando o comportamento do consumidor já dá sinais de mudança.

"Isso explica a aprovação da medida logo após a implementação", diz Andrade.

Além de aprovar o fim das sacolinhas plásticas, a maior parte dos entrevistados se considera bem informada sobre a mudança, mas reprova a venda da versão biodegradável pelos supermercados. Entre os entrevistados, 66% afirmaram ser contra a cobrança e 57% não pretendem comprar as biodegradáveis.

A alternativa preferida pelo paulistano é a sacola retornável: 63% dos entrevistados afirmaram que usarão as chamadas "ecobags" para carregar suas compras.

Caixas de papelão e carrinhos de feira foram mencionados, respectivamente, por 24% e 20% dos entrevistados, à frente dos 16% que planejam usar as biodegradáveis.

Para Oliveira, da ESPM, a opinião contrária dos consumidores à cobrança pela versão biodegradável revela desconforto com a forma como a mudança foi implementada.

"As sacolas plásticas eram um custo dos supermercados repassado aos preços. Seria melhor que mostrassem agora se houve redução de preços com o fim desse gasto."

O Datafolha ouviu 1.090 pessoas com 16 anos ou mais, em 26 e 27 de janeiro na cidade de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

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