Troca no BB indica mais influência do presidente

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, aumentou sua influência na instituição ao trocar 13 diretores do banco -que é líder entre as instituições financeiras do país- numa decisão confirmada na noite de sexta-feira passada.

Segundo o argumento apresentado oficialmente pela assessoria de comunicação do banco, as substituições se deram em decorrência da aposentadoria de quatro diretores e por "remanejamentos internos".

Esses remanejamentos estariam voltados a ampliar a formação dos executivos em outras áreas, favorecida pelo rodízio de funções.

Nesse contexto, as trocas seriam "naturais". Além das aposentadorias, uma quinta diretoria (a de distribuição em São Paulo) estava vaga.

SINTONIA

Nos bastidores do governo, porém, fala-se que Bendine procurou ajustar alguns cargos a pessoas mais afinadas com ele próprio.

Ele pediu autorização do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para as mudanças, recebendo carta branca.

Essa não foi a primeira mudança significativa.

No fim de 2011, Allan Simões Toledo deixou a vice-presidência da área internacional após desentendimentos com Bendine.

Isso estimulou especulações de disputa política interna entre os grupos que constituem a cúpula do banco.

Há, no Banco do Brasil, executivos ligados a diversos partidos da base do governo Dilma, sobretudo os dois principais -PT e PMDB.