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Bradesco e Santander decepcionam em 2011

Valor das ações dos dois bancos recua após o anúncio dos resultados do ano passado

DE SÃO PAULO

Bradesco e Santander decepcionaram ao divulgar ontem lucros considerados fracos pelos investidores.

No Bradesco, os ganhos foram corroídos pelas despesas para abrir 1.009 agências em 2011. A iniciativa foi um esforço para contornar a perda da licitação do Banco Postal para o rival Banco do Brasil.

O investimento físico nas novas agências consumiu R$ 695 milhões só no último trimestre. A inadimplência subiu de 3,6% para 3,9% ao longo do ano. Por isso, houve aumento de 20% nas provisões para cobrir possíveis calotes. Soma-se a isso o ganho líquido de R$ 2,726 bilhões, 8,7% menor do que no mesmo período de 2010.

No ano, porém, o resultado chegou a R$ 11,028 bilhões, 10% superior a 2010.

"Abrimos mil agências. É o tamanho de um banco no Brasil. Começamos 2012 com a perspectiva de que essas agências comecem a gerar negócios", disse Luiz Trabuco, presidente do Bradesco.

Já o Santander Brasil anunciou lucro líquido de R$ 6,661 bilhões em 2011, 6,2% menor do que o do ano anterior.

O resultado só não é pior que a matriz espanhola, que teve queda de 14% no lucro por conta do reconhecimento de perdas no setor imobiliário. No mundo, o Santander lucrou € 7,021 bilhões, 14% menos do que em 2010.

Com a crise, o Santander brasileiro aumentou sua fatia nos resultados globais.

O Brasil já contribui com 28% dos ganhos. Há um ano era 25% e, depois da compra do Real, em 2008, era 22%.

"É razoável pensar que em 2012 vamos chegar a 30% dos resultados globais", disse Marcial Portela, presidente do banco no Brasil.

Em 2011, a unidade brasileira mandou cerca de 80% dos R$ 3,175 bilhões em dividendos para a Espanha.

As ações PN (sem voto) do Bradesco recuaram 3,1%, e as do Santander, 1,4%.

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