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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Oferta de arroz diminui no Sul e preços sobem

Os programas de apoio aos produtores desenvolvidos pelo governo no ano passado enxugaram o mercado de arroz. Além disso, o Brasil deverá atingir o recorde de exportações de 1,7 milhão de toneladas no período de março de 2011 a fevereiro de 2012.

Com isso, a oferta de produto é escassa e os preços estão em alta no Rio Grande do Sul, principal Estado produtor no país.

Em 15 dias, as máquinas vão a campo para o início da nova colheita. A redução de 11% na área semeada e eventuais problemas causados pela seca -os estragos ainda estão sendo avaliados- podem provocar uma queda de até 800 mil toneladas neste ano.

A avaliação é de Claudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Rio-Grandense do Arroz). A produção do cereal nesta safra deverá recuar para 7,5 milhões de toneladas, na avaliação do Irga.

O arroz está sendo negociado de R$ 26 a R$ 27 por saca em casca no Sul. Pereira prevê que esses preços vão se sustentar nas próximas semanas, até que o ritmo da colheita se acelere, o que deverá ocorrer de 10 a 15 de março.

Os preços mais elevados praticados no campo vão chegar ao consumidor. O presidente do Irga considera, no entanto, que há margem para essa alta devido à correção do salário mínimo e do aumento do emprego.

Se a alta for muito acentuada, o consumo cairá, trazendo os preços de novo para baixo, diz ele.

De acordo com Pereira, o patamar das negociações não deverá ser inferior ao do valor mínimo de R$ 25,80 estipulado pelo governo.

Em abril de 2011, a saca de arroz chegou a ser negociada a R$ 18, segundo pesquisa da Folha. Isso não deverá ocorrer neste ano porque o governo está pronto para adotar novas medidas de apoio ao produtor, afirma Pereira.

As exportações não deverão repetir o recorde desta safra, mas o setor não está disposto a perder os mercados conquistados.

Mais queda O litro de álcool negociado em Paulínia (SP) recuou para R$ 1,126, uma queda de 16% em relação ao pico atingido em 24 de novembro.

Menos leite A captação de leite recuou 2,2% em 2011, em relação a 2010. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que pesquisa a captação nos sete principais Estados produtores.

Em queda Os preços continuam caindo. Em janeiro, o produtor recebeu 1,7% menos pelo leite entregue em dezembro. O valor médio nacional do litro do produto recuou para R$ 0,8316.

Forte queda O lucro líquido da ADM caiu 89%, para US$ 80 milhões no trimestre terminado em dezembro.

Difícil Foi um trimestre difícil, disse a presidente-executiva da empresa, Patricia Woertz. Desaceleração da economia mundial e comércio internacional fraco provocaram a queda.

Cana tem 1ª queda em cinco meses

Acompanhando as reduções de preços no setor, o valor do ATR (a taxa de açúcar recuperável da cana) caiu 0,2% em janeiro, a primeira queda em cinco meses.

À exceção do etanol para exportação, houve recuo nos valores de todos os produtos do setor em janeiro.

Os dois tipos de álcool comercializados no mercado interno lideraram as quedas: menos 7%.

Perdem renda o produtor rural e as usinas. Já o consumidor aguarda recuo maior do preço nas bombas.

ALUMÍNIO

+ 2,13%

Ontem, em Londres

NÍQUEL

-1,03%

Ontem, em Londres

Com KARLA DOMINGUES

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