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Facebook cita Brasil 8 vezes a investidor Em apresentação da oferta de ações, rede social destaca alta de 236% em 2011 no país, onde já tem 37 milhões de usuários Rede pode render milhões a investidores como Bono, do U2, Peter Thiel e grafiteiro que trabalhou na sede
DE NOVA YORK O Facebook deixou claro na apresentação de seu IPO (oferta inicial de ações, em inglês) que a fórmula de crescimento da rede social passa pelo Brasil. O país é citado oito vezes no documento. Ao considerar o avanço internacional relevante oportunidade de mercado, a empresa inclui o Brasil num grupo de seis destaques. Ao lado da Índia, o país desponta como líder no ritmo de crescimento. O número de indianos na rede social chegou a 46 milhões em 2011 -avanço de 132%. No Brasil, a alta foi de 236% no período, para 37 milhões de usuários. "Usuários nesses países são importante fonte de crescimento." Alex Banks, diretor-executivo da comScore no Brasil, afirma que o Facebook tem espaço para crescer no país. "Estamos falando de um país com quase 200 milhões de pessoas, e a penetração da web não chega a 50% da população." Segundo a consultoria, a rede tomou a liderança do Orkut, em dezembro. O Facebook terá de lidar com as empresas locais que ainda não não veem rentabilidade em ações na rede, diz Marcelo Silva, analista da Frost & Sullivan. Outro desafio será transformar o adicional de usuários no Brasil em receita. Hoje, os EUA respondem por 56% do faturamento da companhia, que cita Austrália, Canadá e o Leste Europeu como os destaques estrangeiros em geração de receita. ACIONISTAS Depois do IPO, o poder de decidir os rumos do Facebook, seja no Brasil ou no resto do mundo, continuará com os investidores iniciais. O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, congrega 28,4% da companhia. Outro cofundador, Dustin Moskovitz tem 7,7%. Também cofundador, o brasileiro Eduardo Saverin, que tinha 5%, não é sequer citado no documento da oferta. O "New York Times" especula que o brasileiro já tenha se desfeito de parte das ações no mercado secundário. Em 2005, ele levou à Justiça uma disputa sobre sua participação acionária com Zuckerberg -retratada no filme "A Rede Social"-, reduzida de 35% para a faixa atual. Mesmo como acionista majoritário, a partir de janeiro de 2013, o salário anual do fundador diminuirá dos atuais US$ 500 mil para US$ 1 ao ano, valor simbólico. Segundo a "Forbes", em novembro de 2011 a fortuna dele era de US$ 17,5 bilhões. Se a operação alcançar os US$ 100 bilhões estimados, Zuckerberg terá US$ 28 bilhões por sua fatia acionária. A lista de futuros beneficiários inclui o primeiro presidente da empresa e fundador do Napster, Sean Parker, com 4%. O estrelado investidor Peter Thiel, fundador do serviço PayPal, tem 2,5%. Segundo o "NYT", até Bono (U2) faz parte da lista. Sua empresa de participação em investimentos, a Elevation Partners, investiu US$ 120 milhões no Facebook em 2010. Outros acionistas menores, como o grafiteiro David Choe, podem virar milionários da noite para o dia. Ele recebeu ações da empresa por grafitar a primeira sede. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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