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Protesto por indenização a posseiro de Suape bloqueia estrada no PE

Cerca de 200 pessoas bloquearam ontem por três horas a rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife, PE), em protesto contra a retirada e o valor das indenizações pagas aos posseiros que vivem em área pertencente ao porto de Suape.

Os manifestantes, apoiados por entidades como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), atearam fogo em barricadas montadas nas pistas às 7h, quando os trabalhadores do porto passavam pelo local.

Os veículos foram obrigados a parar, e o congestionamento se estendeu por quilômetros. A Polícia Militar foi acionada, e homens do batalhão de choque se posicionaram em frente ao grupo, mas não houve conflito.

Os manifestantes exigiam a presença de representantes de Suape para negociar uma pauta de reivindicações que incluía a suspensão dos processos de reintegração de posse e a revisão das indenizações pagas aos posseiros.

Ninguém apareceu, e, após conversar com a PM, o grupo decidiu reabrir a rodovia.

Em nota, a assessoria de Suape informou que os posseiros recebem indenizações apenas pelas benfeitorias que existem nos terrenos invadidos, como casas e plantações, e que não pelas terras, que pertencem à empresa.

Ainda segundo a nota, o valor é definido a partir de laudo feito por avaliador externo, e os acordos são homologados na Justiça. Apenas nos casos em que não há consenso, o valor da indenização é decidido pelo Judiciário.

Sobre o protesto, a empresa afirmou que apenas "uma minoria" de posseiros participou da ação. Em 2011, informou, Suape pagou R$ 18 milhões em indenizações.

A empresa disse que a principal diretriz é "o desenvolvimento sustentável" e que a saída dos posseiros está "vinculada à proteção das áreas de preservação ecológica e implantação dos empreendimentos de grande importância". Ainda segundo a nota, há 27 comunidades em terrenos pertencentes a Suape.