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Mercado Aberto MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br Política no ar Para presidente da Embraer, a concorrente Beechcraft, que contesta na Justiça a decisão da Força Aérea americana de comprar aviões brasileiros, aproveita eleições nos EUA para politizar o caso "Já há uso político por causa das eleições nos EUA, mas estou otimista", diz Frederico Curado, presidente da Embraer, sobre a ação da rival americana Beechcraft. Ao contestar a Força Aérea dos EUA, que preferiu os Super Tucanos, a concorrente alegou perda de vagas no país. "Vi reportagem negativa sobre Obama, com declaração dele no Rio, em alusão a empregos indo para o Brasil. E não é isso. O Brasil tem deficit comercial com os EUA e os aviões serão feitos na Flórida, requisito do país, com a local Sierra Nevada." Asa e fuselagem irão do Brasil. O contrato de US$ 355 milhões seria um selo de confiança nos aviões nacionais. Para justificar que a escolha se deu "porque o Tucano é melhor", Curado elenca argumentos. O primeiro é a adequação para ataque leve, testado contra as Farc (Colômbia). O segundo é o prazo de entrega. "Conseguimos atender por termos avião pronto. A Beechcraft tem só projeto e difícil situação financeira." É na área de defesa que a Embraer tem crescido mais. Jato comercial vai bem, mas a aviação executiva não se recuperou da crise. A companhia não adianta resultados, mas a receita de 2011 deve ficar entre US$ 5,6 bilhões e US$ 5,8 bilhões, incremento em torno de 5%, "bastante para quem exporta 90% do que produz". Quanto à China, onde a empresa tem dificuldades, Curado diz que as críticas não procedem. "O controle é da Embraer. A transferência que houve não é segredo", diz. "Mas as coisas lá são lentas", reconhece. A empresa não consegue aprovar a produção do Embraer 190. "Ou insistíamos em negócio que não anda ou mudávamos. Na China, há só seis jatos executivos. Converteremos a fábrica para Legacy." E qual o avião do presidente da Embraer? Nenhum. Curado circula em jatos de carreira. Apenas excepcionalmente voa em avião de demonstração da companhia. R$ 821,6mi foi o Ebitda* da companhia nos nove primeiros meses de 2011 R$ 3,4 bi era o endividamento da empresa em setembro do ano passado 6 países Têm produção ou montagem de aviões da empresa Concorrentes Boeing, Airbus e Bombardier *Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização COMO SE FAZ UM AVIÃO FABRICAÇÃO DE PEÇAS Molde Uma chapa de alumínio é curvada e o revestimento é ajustado de acordo com a dimensão da fuselagem MONTAGEM DA FUSELAGEM Rebites As peças estruturais são unidas por meio de rebitagem dando origem a uma parte da fuselagem do avião. Um selante é aplicado para evitar vazamentos na cabine MONTAGEM FINAL As principais partes, como asas,motores, estabilizadores e trens de pouso são integradas à aeronave. Vários sistemas, como o aviônico, hidráulico e de combustível também são instalados INSPEÇÃO Todos os sistemas são checados e testados em solo. Começam os voos de testes, chamados voos de produção ENTREGA Após a emissão da certificação de aeronavegabilidade, o avião está pronto para voar comercialmente Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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