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Valorização de sala comercial pode não se repetir

DE SÃO PAULO

Quem pretende entrar agora em um investimento em salas comerciais, entusiasmado com a valorização recente do m², deve ser cauteloso e analisar bem as condições.

O preço médio do m² de imóveis lançados nesse perfil subiu 54% de 2008 a 2011 na capital paulista, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) publicados pela Folha no sábado -o tamanho médio das novas salas diminuiu de 61 m² para 43 m².

"Os preços já subiram muito e certamente quem se aventurar agora não vai obter tanto ganho quanto quem entrou há alguns anos", diz Valter Police, planejador financeiro pessoal.

"Além disso, é preciso considerar que o dinheiro investido em salas comerciais ou residências fica imobilizado, mais difícil de se tornar disponível em caso de necessidade", acrescenta.

Como também mostrou a reportagem da Folha, entre os bairros que mais se destacaram quanto ao aumento de salas, estão Santo Amaro (zona sul), Barra Funda e Perdizes (ambos na zona oeste).

"Santo Amaro é densamente ocupado por indústrias, que estão com os seus espaços saturados, e os departamentos administrativos das empresas estão saindo para salas comerciais em prédios próximos. Além disso, há os prestadores de serviços", afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.

Na Barra Funda, há "forte demanda por escritórios de advocacia, devido à proximidade dos fóruns [trabalhista e criminal]", diz Pompéia.

O bairro de Perdizes tem se destacado "por causa da busca de unidades por empresários e profissionais liberais que moram na região e querem ter escritórios nas proximidades", diz o diretor.

CUIDADOS

Police ressalta a necessidade de pesquisar bem a região onde se pretende comprar uma sala: para o investimento ter potencial, a oferta de imóveis precisa ser baixa em relação à demanda existente por recompra ou locação.

"Os imóveis são uma boa opção para dar mais segurança a uma carteira de investimentos, mas não devem representar todo o patrimônio", afirma João Crestana, presidente do conselho consultivo do Secovi-SP.

(CAROLINA MATOS E MARIANA SALLOWICZ)

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