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Problemas com ordens de negociação lideram reclamações à Bolsa em 2011

Os problemas com ordens de negociação lideraram as reclamações ao ombudsman da Bovespa.

Ordens não executadas, atrasadas ou que foram feitas de forma diferente do determinado foram temas de 38% das 689 reclamações feitas em 2011, 6,3% menos do que no ano anterior e o menor número desde 2006.

Para o ombudsman da Bolsa, Izalco Sardenberg, é normal que as reclamações principais sejam sobre as ordens de negociação. "É o que a corretora passa o maior tempo do dia fazendo", diz.

Já para o segundo problema mais relatado, de dificuldades na transferência de custódia, com 13%, ele defende medidas para evitá-lo. "Não faz sentido que haja tantas reclamações."

Sardenberg espera que um novo programa de qualidade, que será apresentado para as corretoras facilite a vida do investidor quando quiser mudar de corretora. Ele determina que os ativos sejam transferidos em até 24 horas desde que não haja qualquer pendência.

EDUCAÇÃO

"Não podemos dizer que houve um salto, porque foram quase tantas reclamações quanto no ano passado, mas quando analisamos o histórico, houve evolução. Os investidores estão mais conscientes dos seus direitos e mais educados", afirma Sardenberg.

O número de reclamações pode crescer em 2012, segundo ele, se houver uma retomada de aberturas de capital (IPOs, na sigla em inglês). Ao menos 40 empresas estão na espera para lançar ações.

O maior número de reclamações foi referente a corretoras, com 72% do total. Em seguida vieram os bancos, com 18%, a Bolsa, com 8%, e as empresas, com 2%.

A Bolsa somou 611 mil investidores cadastrados em 2011, uma pequena queda com relação a 2010, quando eram 615 mil.

A relação entre reclamações e o total de investidores cadastrados teve pequena queda, de 0,12% para 0,11%.