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Vaivém

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Exportações de soja voltam a aumentar

Após um janeiro aquecido, quando as exportações de soja em grão superaram 1 milhão de toneladas, as vendas externas voltam a subir na primeira semana deste mês.

Os dados de ontem do Ministério do Desenvolvimento indicam uma média diária de US$ 65 milhões nas exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), um valor que, se confirmado, elevaria as receitas totais do mês para US$ 1,2 bilhão.

Em geral, as exportações médias ficam abaixo desse valor nos meses de fevereiro. A maior média ocorreu em 2010, quando renderam US$ 32 milhões por dia.

As exportações podem continuar aquecidas, mas não nesse ritmo do início do mês. Os exportadores dizem que o volume ainda disponível para a venda externa é residual.

Além disso, os técnicos do Ministério do Desenvolvimento advertem que as exportações elevadas deste início de mês podem ter ocorrido devido a uma concentração de vendas apenas nos primeiros dias de fevereiro. Isso pode não se repetir nas próximas semanas. O aquecimento das vendas brasileiras se deve ao tradicional apetite chinês, que continuou neste início de ano, diz Daniele Siqueira, da AgRural, de Curitiba.

Tradicionais compradores dos Estados Unidos a partir de novembro em anos anteriores, os chineses vêm mantendo presença na América do Sul nos últimos meses.

Além de exportar mais, os produtores brasileiros ganham no preço. Segundo a consultoria Céleres, os investidores voltaram a se arriscar mais no mercado de soja, o que garantiu valores próximos a US$ 12,50 por bushel na Bolsa de Chicago. Esse valor foi sustentado também pela estimativa de produção de apenas 46 milhões de toneladas na Argentina, terceiro maior produtor mundial.

Já a consultoria Clarivi refez suas contas e prevê uma produção nacional inferior a 70 milhões de toneladas. A Safras & Mercado também tem novas estimativas e espera produção de 70,3 milhões.

Ainda menos A safra de soja de 2011/12 da América do Sul deverá atingir 130,8 milhões de toneladas, 4% menos do que o colhido na anterior. Essa queda, praticamente motivada pela seca em parte da região, ocorre mesmo com o aumento de área.

Avaliação A estimativa é da Safras & Mercado, consultoria que prevê plantio de 48,8 milhões de hectares com oleaginosa na região, uma área 2% superior à semeada em 2010/11.

Carnes As exportações de carnes (bovina, suína e de frango) iniciaram o mês com alta de 10% em relação às de janeiro, segundo dados da Secex. A média diária subiu para US$ 67 milhões.

Com KARLA DOMINGUES

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