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BNDES não entrará como sócio nos aeroportos Banco informou que atuará apenas como financiador dos investimentos Realização de obras e aquisição de máquinas e equipamentos poderão contar com recursos do banco LUCAS VETTORAZZODO RIO O BNDES não irá entrar como sócio em um dos consórcios que arrematou, anteontem, a concessão dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília. O banco de fomento, por meio de sua assessoria, afirmou que irá atuar somente como financiador dos investimentos que vierem a ser feitos nesses aeroportos. O BNDES não deixou claro, contudo, se poderá disputar os próximos leilões. O banco esclareceu que não irá conceder empréstimos sobre o valor pago pelas concessões. A instituição só financiará a realização de obras e aquisição de máquinas e equipamentos, desde que tenham sido fabricados no Brasil. O BNDES poderá financiar em até 80% os investimentos totais nos aeroportos ou até 90% das máquinas. O objetivo do banco estatal é incentivar o investimento na ampliação e na melhoria dos aeroportos e, por isso, não financiará a aquisição das concessões. Nas privatizações da década de 1990, o banco também atuou como financiador, mas a diferença é que, no passado, o BNDES financiou a compra das companhias estatais, e não os investimentos subsequentes da operação. REMUNERAÇÃO O BNDES terá remuneração de 0,9% ao ano, acrescida de uma taxa de risco que pode variar de 0,46% a 3,57% ao ano. Essa remuneração está em linha com outros projetos de infraestrutura já financiados pelo banco, como as usinas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia. Os aeroportos de Cumbica e Brasília têm prazo total de financiamento de 180 meses (15 anos), e o de Viracopos, de 240 meses (20 anos). O prazo para a utilização dos recursos, no entanto, é menor, de 84 meses (sete anos), com carência de seis meses. O financiamento será concedido em etapas e os ju- ros, pagos trimestralmente durante o tempo de carência. A taxa de juros incidente sobre os financiamentos será de 70% em TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 0,6% ao ano, e de 20% em outros indexadores, como a Selic, o IPCA e a cesta de moedas. O banco de fomento afirma que exigirá a demonstração da capacidade técnica e econômico-financeira dos empreendedores para a execução do projeto. O PRIMEIRO O BNDES também atuou como agente financiador da privatização do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O aeroporto foi o primeiro da lista a ser privatizado, em agosto passado. A diferença é que o banco só poderá financiar 70% das obras, dez pontos percentuais a menos que os projetos atuais, ou 90% dos equipamentos, em linha com o verificado nas concessões mais recentes. Esse terminal será explorado pelo consórcio Inframérica Aeroportos, formado pela brasileira Engevix e pela argentina Corporación América, que também arrematou o aeroporto de Brasília. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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