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Após rachaduras, Europa ordena inspeção dos A380

Toda a frota de 68 superjumbos da Airbus terá de passar por checagem

Fabricante da aeronave afirma que problemas são menores e não representam risco de segurança

DO “NEW YORK TIMES”

As autoridades europeias de segurança da aviação ordenaram ontem que sejam realizadas inspeções em toda a frota de 68 jatos Airbus-A380, em busca de microrrachaduras num componente das asas, extensão de uma ordem que até agora se aplicava apenas a um terço dos superjumbos em serviço.

A notícia de que as rachaduras, detectadas em dezenas de suportes de asas no fim de 2011, podem estar presentes em maior número de aviões surge quando Boeing, a maior concorrente da Airbus, enfrenta o que descreveu como "pequenos defeitos" em seu 787 Dreamliner.

Os dois casos servem como lembrete dos problemas de desenvolvimento que frequentemente acompanham a entrada em serviço de novos jatos de passageiros.

A expansão nas inspeções do A380 (que ainda não voa para o Brasil) foi decidida depois de a Qantas Airways, da Austrália, decidir suspender a operação de um de seus aviões, após encontrar dezenas de rachaduras durante parada de manutenção.

O avião, um dos 12 A380 operados pela Qantas, passou por pesada turbulência em um voo realizado no começo de janeiro, mas não estava incluído nas ordens anteriores de inspeção das autoridades aeronáuticas, divulgadas em 20 de janeiro.

PRAZO

A Agência de Segurança da Aviação Europeia determinou que as sete companhias que hoje operam o A380 têm de inspecionar os aviões em busca de rachaduras finas, num prazo de seis semanas.

A ordem anterior se aplicava só às aeronaves mais desgastadas da frota, aquelas com mais de 1,3 ciclo de decolagem e aterrissagem.

Desde o fim de 2011, foram identificados dois tipos de rachadura nos suportes em forma de L que conectam a pele de alumínio das asas do A380 à estrutura interna, feita de uma combinação de metal e materiais plásticos compostos de peso leve.

Os 40 suportes, com 20 cm de comprimento cada um, conectam a estrutura à asa; cada asa do A380 conta com 2.000 desses suportes.

A Airbus vem repetidamente descrevendo os problemas como menores e disse que, embora os suportes precisem de substituição, não representam risco iminente de segurança. A fabricante do avião anunciou, em janeiro, que havia identificado a origem do problema, em um processo industrial que a empresa já modificou.

A Boeing anunciou que identificara problema de produção que afetava a fuselagem traseira do 787, mas enfatizou que não representa problema de segurança em curto prazo. A empresa disse que não havia necessidade de inspeção imediata dos cinco Boeing-787 em operação com a All Nippon Airways.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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