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BC reavalia medida que dá estímulo a bancos menores

Instituição maior terá tempo para se adaptar a regra que incentiva a compra de carteiras

LORENNA RODRIGUES
PRISCILLA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

O Banco Central deu mais tempo para os bancos se ajustarem à medida tomada em dezembro para estimular a compra de carteira de crédito de instituições menores por maiores. Segundo o BC, isso foi feito por demanda do próprio setor, que queria mais prazo para se adequar.

O alongamento do prazo só foi possível porque o BC avaliou que houve melhora no cenário internacional, o que reduziu o risco de falta de liquidez, que afetaria principalmente bancos pequenos.

Em dezembro, a autoridade monetária informou que, a partir de 24 deste mês, passaria a não remunerar 27% do chamado compulsório (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no órgão) sobre depósitos a prazo. Esse patamar seria elevado a 36% no fim de abril.

A intenção era induzir a compra de carteiras de créditos, já que, para ver o dinheiro render, os bancos poderiam usar o compulsório não remunerado para adquirir ativos dos menores.

Na época, o BC informou que o valor que poderia ser utilizado dos compulsórios chegaria a R$ 30 bilhões.

NOVOS PRAZOS

A medida adotada ontem mudou prazos e patamares: no dia 24, o limite não remunerado será de apenas 20% e haverá escalonamento, aumentando gradativamente o percentual para chegar a 36% apenas em agosto.

Criou-se um prazo para a medida, que deixará de valer até junho de 2014.

Além disso, foram feitas mudanças ampliando os limites para as transações. Antes, os bancos somente poderiam usar o compulsório para comprar carteiras de instituições que emprestem ao menos 25% de seus ativos.

Esse percentual caiu para 20%, o que amplia o leque de bancos abrangidos.

Procurada pela Folha, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não comentou a mudança.

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