Bússola

Investir em ações é bom negócio? Há um valor mínimo? Quais os riscos?

F.S.Q., de Brasília (DF)

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - Investir em ações pode ser um bom ou um mau negócio.

Ações envolvem riscos, e, para diminuí-los e potencializar seu rendimento, é preciso tomar cuidados na hora de ingressar na Bolsa.

O INI (Instituto Nacional de Investidores) divulga e ensina uma metodologia de investimento baseada em cinco princípios.

O primeiro deles é investir pequenas quantias regularmente. Aí vai depender da sua capacidade de poupança. A disciplina para economizar é tão importante quanto a decisão sobre os investimentos.

Em seguida, o instituto sugere reinvestir os dividendos pagos pelas empresas. São chamadas de dividendos as parcelas do lucro que as companhias pagam aos acionistas periodicamente.

A terceira dica é investir em empresas com boas perspectivas de crescimento. Não se trata de uma análise simples de fazer, já que o potencial de uma companhia não está ligado apenas a seu histórico de atuação, mas também ao contexto econômico.

Acompanhe a situação da economia e os fatos ligados à empresa em que quer investir ou já investe.

Diversifique. Procure ter outra forma de aplicação e não se restrinja aos papéis de uma só empresa. Por fim, procure escolher empresas com boa governança corporativa.

Essa não é a única metodologia existente, porém permanece inalterada há mais de 50 anos e está presente em cerca de 70 países.

O valor mínimo para aplicação inclui o preço da ação mais custos de negociação e custódia, portanto verifique essas informações com sua corretora antes de montar uma carteira de ações.

Por vezes será melhor começar a investir via fundos de ações e, quando você tiver um valor um pouco maior (R$ 10 mil ou R$ 20 mil, por exemplo), migrar para uma carteira própria.

CDB

Tenho investimento em um CDB de um banco e gostaria de saber se esse tipo de aplicação é realmente rentável. Se não for, qual outra opção tenho? Faço aplicações de R$ 1.000 por mês.

F. M., de Canoas (RS)

RESPOSTA - Existem CDBs mais ou menos rentáveis, o cálculo da rentabilidade bruta é feito com base no DI, que é a taxa de empréstimo entre os bancos.

Essa taxa pode ser encontrada na página www.cetip.com.br. Se ela for de 10,50% e seu banco pagar 90% do DI no CDB, significa que sua rentabilidade bruta será de 9,45% ao ano.

É importante salientar que o risco de um CDB para valores até R$ 70 mil é o mesmo em qualquer instituição, visto que o CDB está na lista dos produtos garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos.

Ou seja, se você tiver a oportunidade de investir em CDBs de pequenos bancos cuja taxa de remuneração seja superior à do seu banco ou mesmo superior ao DI, faça isso dentro dos limites dos R$ 70 mil.

POUPANÇA

Tenho R$ 3.000 na poupança e queria saber qual o melhor investimento que posso fazer. Não tenho planos para esse dinheiro, mas gostaria que rendesse mais do que na poupança.

C.C., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Caso você queira usar essa quantia em até seis meses, a poupança pode ser o melhor investimento, pois é isenta de Imposto de Renda e não há taxas de administração.

Se você tem mais de seis meses de prazo para usar esses recursos, pode migrar para o Tesouro Direto ou mesmo para CDBs de bancos menores que pagam mais que 100% do DI.

Em ambos os casos, seria interessante deixar o dinheiro aplicado por mais de 12 meses para que você consiga pagar um valor menor de Imposto de Renda.

EU INVISTO EM

Maurício Ribeiro, jogador de futebol

"É muito importante investir porque a carreira que escolhi é curta. A ideia é investir em imóveis, pois tenho que pensar no meu futuro. Utilizo a caderneta de poupança com valores necessários para conseguir tudo o que planejei e ter uma vida tranqüila"