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Ilha do Fundão atrai polo de inovação

Com impulso do pré-sal, empresas estão erguendo parque tecnológico para atuar em parceria com a universidade

Projetos em Cidade Universitária no RJ somam mais de R$ 1 bi; expectativa é gerar 5.000 empregos

DENISE MENCHEN
DO RIO

Antigo canteiro de obras da ponte Rio-Niterói, a parte sul da Cidade Universitária, na ilha do Fundão, zona norte do Rio, está sendo transformada com recursos privados num parque tecnológico com mais de dez centros de pesquisa. Somados, os projetos totalizam mais de R$ 1 bilhão.

Duas multinacionais de petróleo e gás, a Schlumberger e a FMC Technologies, inauguraram suas unidades na ilha nos últimos dois meses. Outras empresas, como Halliburton, Usiminas e Tenaris Confab, preparam o desembarque para os próximos anos. A expectativa é de geração de 5.000 empregos.

Além disso, uma ponte estaiada, construída com R$ 69 milhões da Petrobras, foi inaugurada ontem para facilitar a saída do local. Outros R$ 252 milhões são investidos na dragagem do canal do Fundão e na recuperação dos manguezais da ilha.

O diretor do Parque Tecnológico da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Mauricio Guedes, diz que a decisão de transformar a área num complexo industrial voltado à pesquisa é de 1997.

A ideia era atrair empresas com vocação para a inovação e que aproveitassem a proximidade com a academia e com o Cenpes (centro de pesquisas da Petrobras instalado na ilha nos anos 60).

Guedes reconhece que a descoberta do pré-sal, em 2007, facilitou o projeto, atraindo principalmente empresas ligadas ao setor.

A UFRJ destinou 350 mil metros quadrados para o parque, divididos em lotes. Agora, prefeitura e governo do Estado fecharam acordo para comprar área vizinha de 240 mil metros quadrados, pertencente ao Exército -o valor não foi revelado.

A ideia é criar no local um "distrito verde", com ciclovias, asfalto reciclado e energia solar, entre outros. O projeto será apresentado na Rio+20, em junho.

A área adquirida pela prefeitura, de 47 mil metros quadrados, foi cedida à GE de graça, para garantir a ida da empresa ao Rio.

Outros 100 mil metros quadrados adquiridos pelo governo do Estado serão vendidos a preço de custo para instalação centros de pesquisa -por enquanto, a L'Oréal foi a única a assinar o protocolo de intenções.

Quase toda a área pertencente à UFRJ está concedida à iniciativa privada. O contrato com as empresas inclui investimentos de pelo menos R$ 3 milhões anuais, nos primeiros cinco anos, em projetos de pesquisa em cooperação com a universidade.

A Siemens, que planeja iniciar neste mês a obra de um prédio no parque tecnológico, vai focar tecnologias para o pré-sal. Depois, a ideia é atuar também na área de energias renováveis. A construção custará R$ 80 milhões.

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