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Varejistas americanos investem em mais serviços Redes ampliam opções para atrair consumidor e melhorar resultados Serviços de finanças, beleza, gastronomia e saúde, entre outros, são oferecidos pelas grandes redes dos EUA ISABELLE MOREIRA LIMACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Hoje, o cidadão norte-americano pode entrar numa farmácia para tomar um café e ir a um supermercado para tratar sua sinusite. Abalado pela situação da economia norte-americana, o varejo dos Estados Unidos tem usado serviços como arma para atrair mais consumidores e melhorar seus resultados. A gama de ofertas vai desde as áreas mais tradicionais, como saúde e finanças, até outros chamarizes do mundo contemporâneo, como beleza e gastronomia. Curiosamente, os serviços de saúde são oferecidos principalmente nas grandes redes -como Walmart e Target-, enquanto as farmácias se destacam pelos serviços alternativos. A Walgreens, por exemplo, inaugurou no começo do mês uma nova loja-conceito de dois andares no centro de Chicago onde oferece sushi, café gourmet preparado por baristas, uma central de vinhos, design de sobrancelhas, manicure e pedicure. Na rede, é possível entrar em qualquer uma de suas unidades e sair com fotografias tipo passaporte cinco minutos depois. A varejista de descontos Target, por sua vez, além do serviço de farmácia e clínica, agora conta com ótica. A rede vende óculos e lentes, e atende os clientes que precisam fazer exames e se adaptar a lentes de contato. Em supermercados como a rede Dominick's, é possível ser vacinado contra a gripe. O Walmart, maior representante desse movimento na ala de cuidados com a saúde, tem hoje clínicas em 27 Estados americanos e atende pacientes com alergia, problemas de pressão arterial, colesterol e infecção respiratória, entre outros serviços. O modelo é comum nos EUA -clínicas independentes operadas dentro das unidades da rede sete dias por semana. Os principais atrativos são o preço -enquanto uma consulta médica nos EUA começa em US$ 300, o Walmart cobra US$ 50 -e a facilidade em ser atendido -diferentemente dos consultórios médicos, não é preciso marcar hora com antecedência. A rede conta ainda com um plano de saúde próprio voltado à prevenção, com custo a partir de US$ 11. Para Michael Mazzeo, professor da Kellog School of Management, da Universidade Northwestern, a grande oferta de serviços pelos varejistas não é exatamente uma tendência, mas uma nova onda, uma segunda tentativa de algo que foi posto em prática pela primeira vez nos EUA há 30 anos, quando a Sears passou a oferecer serviços financeiros e de contabilidade. "Eles não foram muito bem-sucedidos, porque os clientes preferiam ter atendimento especializado." Nesta nova onda, as varejistas têm a seu favor a credibilidade -todas são redes nacionais e com anos de experiência- e a localização de suas unidades. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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