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Minoritários vão à Justiça contra o Grupo Pão de Açúcar

Entidades alegam que fracasso na fusão com o Carrefour deu prejuízo; empresa não comenta

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Duas entidades que dizem representar grupo de acionistas minoritários do GPA (Grupo Pão de Açúcar) entraram com ação na Justiça de São Paulo contra a empresa, contra a rede francesa Casino e contra a família Diniz.

Sob o argumento de que foram lesados pelo fracasso na tentativa de fusão de Pão de Açúcar e Carrefour, encerrada em julho, querem ser reparados pelo suposto prejuízo.

Diniz, GPA e Casino não comentaram o caso.

No ano passado, Abilio Diniz e Casino travaram uma disputa sobre a união com o Carrefour. O Casino era contra, e o negócio fracassou.

O caso vem à tona quatro meses antes de o Casino assumir o controle do Grupo Pão de Açúcar, segundo acordo realizado em 2006.

No processo movido na Justiça paulista -uma ação civil pública-, os minoritários são representados pela Apampa (associação de proteção coletiva dos acionistas minoritários e investidores do Pão de Açúcar), fundada em janeiro, e pela Abrac (associação brasileira de defesa dos direitos e garantias fundamentais do cidadão), criada em 2009.

Como o processo está sob segredo de Justiça, os advogados do escritório Minelli & Bosco, que representam esses minoritários e são fundadores das entidades que propuseram a ação, não detalham o total de minoritários representados.

Dizem que as associações não defendem interesse próprio, são entidades sem fins lucrativos e representam "todos os minoritários e todos os investidores do mercado de capitais", associados ou não.

A Folha teve acesso a documentos que mostram que a Apampa foi criada por nove pessoas -uma é acionista minoritária do GPA. Trata-se de Hamilton Prado Jr., investidor e ex-marido de Vera Diniz, irmã de Abilio Diniz. Os demais são advogados do escritório que defende os minoritários, parentes ou clientes.

Há dois meses, quando tentou na Justiça ter acesso a estudos encomendados por Abilio para defender a união com o Carrefour, Prado Jr. declarou que era dono de cem ações do Grupo Pão de Açúcar, compradas em novembro de 2011, por R$ 4.344.

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