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Lei municipal trava 'shopping ferroviário'

DO RIO

A fim de diversificar as fontes de arrecadação, a Supervia aponta a Prefeitura do Rio como um obstáculo para o seu projeto de criação de "shoppings ferroviários".

O diretor de Novos Negócios, Carlos Henrique Sant'Anna, diz que pediu ao secretário de Urbanismo, Sérgio Dias, alteração de lei municipal que impede a construção de centro comerciais sobre estações ferroviárias.

"Não consigo nem reformar as estações. Não posso criar um centro comercial."

Sant'Anna afirmou que já tem projeto para a construção de uma loja de 600 m² da Nike sobre a estação de Madureira. "Poderia fazer um mezanino entre uma plataforma e outra, cobrindo os trens e dando conforto para o passageiro", disse.

Dias afirmou, por meio da assessoria, que não pode autorizar a construção em razão de lei federal que não permite construções numa faixa de 15 metros de cada lado da ferrovia. O secretário considerou ainda a crítica um "elogio", por "defender os interesses da cidade, protegendo o ambiente urbano".

A Supervia negocia com a Prefeitura de Duque de Caxias a construção de um prédio comercial com 15 pavimentos sobre uma estação na cidade. Há ainda uma proposta de construção de um shopping na Central do Brasil, em análise no Iphan -a estação é tombada.

A ampliação de novos negócios faz parte da estratégia da Odebrecht Transport, que controla a Supervia desde 2010. A ideia é atrair "investidores melhores", principalmente na Central do Brasil, pela qual passa quase 1 milhão de pessoas por dia.

"Estamos tirando aquela noção antiga de que na Central só se vende joelho [enrolado de presunto e queijo] com guaraná", diz Sant'Anna.

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