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CPFL paga R$ 1 bi por empresa e eleva sua oferta de energia eólica

Bons Ventos pertencia a fundos e investidores, entre eles o BTG

DE SÃO PAULO

A CPFL Energias Renováveis, subsidiária da CPFL Energia, anunciou a compra da Bons Ventos Geradora de Energia S.A. por R$ 1,06 bilhão. O negócio vai ampliar em 42,8% a produção de energia eólica da empresa.

A Bons Ventos é controlada pela BVP S.A., uma empresa formada pelos fundos de investimentos Brasil Energia (ligado ao banco BTG Pactual), Servtec e FIP Progresso, além de investidores individuais (pessoas físicas, minoria no capital).

Parte do valor, de R$ 462 milhões, refere-se a dívidas que poderão ser reajustadas até a conclusão da operação pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e bancos de financiamento.

Segundo a CPFL Energias Renováveis, a produção passará de 367,5 megawatts (MW) para 525 MW com a operação dos novos quatro parques eólicos -Taíba Albatroz, Canoa Quebrada, Bons Ventos e Anacel- todos no Ceará.

A Bons Ventos têm contratos de venda de energia por 20 anos com a Eletrobras e preços médios de R$ 284,4 por MW/h contabilizados em junho de 2011.

Com a aquisição, a CPFL Renováveis passará a administrar 809,5 MW de potência em operação, incluindo 307 MW de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e 135 MW de usinas térmicas movidas a biomassa.

"A aquisição da BVP representa um passo importante na estratégia de crescimento e de consolidação como um dos principais operadores eólicos do Brasil", disse o diretor-presidente da CPFL Renováveis, Miguel Saad.

Em comunicado, a empresa afirmou ainda que há projetos de 885 MW em construção, o que totaliza um portfólio de 1.694,5 MW. Em projetos, o total de capacidade de geração soma 4.438 MW.

"Identificamos importantes sinergias operacionais dos parques da Bons Ventos com nossos ativos eólicos na região, tais como os parques adquiridos em 2011", disse Alessandro Gregori, diretor da CPFL Renováveis.

FIM

Para o sócio do BTG Pactual e gestor do fundo de investimento Brasil Energia, Oderval Duarte, a transação "marca o final de um ciclo de investimento de sucesso no segmento de energia eólica para os investidores".

Entre os bancos financiadores estão o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Nordeste do Brasil e o internacional NIB (Nordic Investment Bank).

A CPFL Energia é considerada o maior grupo privado do setor, com faturamento bruto de R$ 18,5 bilhões nos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2011 e valor de mercado de R$ 26,4 bilhões, em 17 de fevereiro de 2012.

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