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Preço de tablet feito no país cai menos que o esperado

Galaxy Tab 10.1 produzido no Brasil custa quase o mesmo que iPad importado

Ao conceder isenção fiscal, governo contava com valor até 40% menor em relação a modelos vindos de fora

LUIZA BANDEIRA
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

Tablets "top de linha" produzidos no Brasil ainda não tiveram a queda de preço anunciada pelo governo federal ao conceder benefícios fiscais para a fabricação dos aparelhos no país, em maio do ano passado.

À época, o governo federal dizia estimar, com a produção nacional, uma queda de 30% a 40% no preço dos tablets na comparação com similares importados.

Mas quem compra, por exemplo, um Samsung Galaxy Tab 10.1, produzido no Brasil com incentivos fiscais paga quase o mesmo preço do importado iPad 2, da Apple.

A economia com o produto nacional é de apenas R$ 20 a R$ 30 (1% a 2%), dependendo do modelo.

Outro concorrente do iPad produzido no Brasil, o Motorola Xoom, custa até 21% a menos que o iPad 2, que paga impostos de importação.

A comparação feita pela Folha verificou produtos com tela, memória e opções de conexão semelhantes.

A concessão de benefícios fiscais para tablets ocorreu para estimular a produção no Brasil de iPads pela taiwanesa Foxconn.

No entanto, ainda não há previsão de início da produção nem de preços.

No Brasil, o modelo de tablet mais barato da Apple -16 GB e conexão Wi-Fi- é vendido por R$ 1.629. Nos Estados Unidos, o mesmo modelo sai por US$ 499 -cerca de R$ 848.

ESCALA DE PRODUÇÃO

O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, afirmou que os tablets irão atingir os percentuais estimados de queda de preços à medida que cresçam a escala de produção -o que dilui custos- e o emprego de peças nacionais.

O secretário afirmou, contudo, que a formação de preços é decisão das empresas.

O diretor de produto da Samsung, Roberto Soboll, diz que produzir no Brasil envolve custos maiores com mão de obra e impostos para importar peças.

De acordo com Soboll, é provável que a popularização dos tablets provoque queda nos preços, assim como aconteceu com os smartphones.

A Motorola afirmou que a empresa repassou ao consumidor parte do desconto que obteve com as isenções fiscais. Lopo após o benefício, segundo a empresa, o Xoom 3G teve redução de 13% no preço, e o modelo com Wi-Fi, de 15%.

Até agora, 28 empresas pediram autorização para produzir tablets no país -11 já conseguiram e oito já estão produzindo, de acordo com o governo.

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