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Venda de imóveis em SP recua ao menor nível desde 2005

Redução de unidades novas foi de 21% ante 2010; alta de preços será mais 'comedida'

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

As vendas de imóveis novos residenciais recuaram 21% na capital paulista em 2011 na comparação com o ano anterior, para 28,3 mil unidades, o menor patamar desde 2005.

Refletindo a valorização imobiliária nesse período, o VGV (Valor Geral de Vendas) caiu em menor intensidade (15%), de acordo com os dados do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

"Não foi um ano ruim, considerando tudo que está acontecendo", afirmou Claudio Bernardes, presidente da entidade, tentando minimizar o impacto da redução ao citar a crise internacional e a desaceleração no crescimento do PIB brasileiro, de 7,5% para 2,7%.

O executivo preferiu não fazer estimativas para o número de unidades que serão comercializadas neste ano, mas projeta um crescimento entre 3,5% e 4% para o valor das vendas, o dado mais importante, ressalta, do ponto de vista empresarial.

Já a quantidade de lançamentos teve queda de 1,3%, totalizando 37,7 mil moradias postas à venda. O único crescimento (54%) foi registrado nas unidades de um quarto ou sem divisória.

Para Ana Maria Castelo, economista da FGV, o patamar de 2010 era "insustentável em todos os sentidos", o que inclui os gargalos de infraestrutura e de mão de obra.

Na sua opinião, o mercado continua atrativo para os investidores que focam os ganhos com aluguel, mas exige mais cautela dos que compram na planta para vender antes da entrega, já que a elevação no preço do imóvel nesse intervalo está diminuindo.

Para quem pretende morar, ela é mais enfática: "Eu não apostaria na queda de preços. Apostaria numa valorização mais comedida".

Os dados do Secovi mostram ainda que os imóveis com valor acima de R$ 500 mil vêm ganhando espaço no mercado imobiliário, passando de 18,4% dos lançamentos em 2009 para 25,8% em 2010 e atingindo 28,2% no ano passado, considerando o valor corrigido pelo INCC.

Vale lembrar que o dinheiro do trabalhador depositado na conta do FGTS só pode ser utilizado na compra de unidades até R$ 500 mil.

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