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Odebrecht contesta leilão de Viracopos

Segunda colocada, empresa recorre à Anac sob a alegação de que consórcio vencedor não cumpriu exigências do edital

Oferta ganhadora foi de R$ 3,5 bi, feita por Triunfo, UTC e Egis Avia; lider de consórcio descarta problemas

NATUZA NERY
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

Em uma ação que pode mudar o resultado da concessão do aeroporto de Campinas, a empresa Odebrecht pediu anteontem a eliminação da primeira colocada no leilão de Viracopos, realizado no início do mês passado.

Maior empreiteira do país, a Odebrecht entrou na disputa em consórcio com a operadora de aeroportos Changi, de Cingapura, considerada uma das maiores do mundo.

O grupo, porém, ficou em segundo lugar, com proposta de R$ 2,5 bilhões. Perdeu para o consórcio formado pelas construtoras Triunfo e UTC com a operadora francesa Egis Avia, vencedor ao oferecer R$ 3,8 bilhões como valor de outorga (concessão).

Em recurso à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a construtora alega que o grupo vitorioso não cumpriu todas as exigências do edital. A Odebrecht TransPort, responsável pelo negócio, confirmou o recurso, mas disse que não vai comentá-lo até que seja julgado pela comissão de licitação da Anac.

Pelas regras do edital, as empresas perdedoras têm até hoje para contestar o resultado do leilão dos três principais aeroportos do país: Brasília, Guarulhos e Campinas.

A concessões renderam R$ 24,5 bilhões, no total. A Anac tem até o dia 16 para analisar pedidos de revisão.

O recurso contra o vencedor de Viracopos ocorre após a cúpula do governo Dilma ter ficado insatisfeita com o fato de grandes operadores aeroportuários terem ficado de fora dos grupos vitoriosos.

DÚVIDAS

O Palácio do Planalto abrigou várias reuniões para avaliar se as vencedoras cumpriam, de fato, as condições contratuais. Nos bastidores, havia dúvida sobre a capacidade de o consórcio liderado pela Triunfo cumpri-las.

Nessa ocasião, a Triunfo se manifestou afirmando que havia sido comprovada a viabilidade financeira da proposta, que as empresas formadoras do consórcio atendiam às exigências do edital e tinham "plena capacidade econômica para realizar os investimentos necessários".

Viracopos registrou 7,54 milhões de passageiros em 2011, uma alta de 38,9% em relação ao ano anterior.

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