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Indonésia reage à investigação em calçados

Em visita ao Brasil, ministro condiciona importações de carnes a investimentos no país

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

Com um PIB de US$ 1 trilhão e 238 milhões de habitantes, a Indonésia quer tornar o Brasil um importante parceiro comercial.

Segundo o ministro do Comércio da Indonésia, Gita Wirjawan, o comércio entre os dois países pode atingir US$ 32 bilhões em dez anos. No ano passado, os negócios somaram US$ 3,6 bilhões.

Para isso, é preciso aparar "arestas" na relação entre os dois países. Essa foi a mensagem que Wirjawan deixou em sua visita a São Paulo, ontem.

Hoje, ele deve pedir aos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Fernando Pimentel (Comércio Exterior) o fim da investigação sobre a origem dos calçados exportados pelo país asiático.

Há suspeita de triangulação dos calçados chineses, que passariam pela Indonésia ou pelo Vietnã antes da exportação ao Brasil.

"Os calçados não são da China. Eles são da minha terra", disse o ministro à Folha.

A empresários brasileiros que participaram de reunião com a delegação indonésia o recado foi claro: "Se vocês continuarem não importando calçados da Indonésia, vamos comprar Boeings. É assim que funciona".

Wirjawan participou, ontem, de visita à fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP). Segundo o ministro, a compra de aeronaves é um dos principais interesses do país asiático no Brasil. Energia renovável e carnes também fazem parte da pauta.

O Brasil tenta, há anos, autorização para exportar carne bovina e de frango para a Indonésia. Ontem, Wirjawan condicionou a abertura do mercado a investimentos das empresas brasileiras no país e transferência de tecnologia.

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