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Vaivém

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Seca quebra safra e faz soja perder R$ 7 bi

A seca e a consequente quebra de safra farão os produtores brasileiros de soja perderem R$ 7 bilhões neste ano. A perda se dará principalmente na região Sul, a mais afetada pelos efeitos climáticos neste verão.

Os dados são de José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura. Apesar da queda na receita da soja, o Valor Básico de Produção do país deverá atingir R$ 218,5 bilhões neste ano, 5,3% acima do registrado no anterior. Os dados incluem receitas com as lavouras dos 21 principais produtos.

Essa queda de renda na soja fez o produto perder a grande vantagem que tinha em relação ao segundo colocado: a cana-de-açúcar.

No ano passado, a soja rendeu R$ 54 bilhões, 57% mais do que a cana. Neste ano, o valor básico dos dois produtos caminham juntos, com a soja podendo até perder a liderança.

O aumento do valor da produção cresce neste ano porque algodão, milho e café sustentam essa evolução.

Na outra ponta, no entanto, arroz, feijão e laranja acompanham a soja e deverão ter queda na renda.

A seca faz a região Sul (R$ 46,6 bilhões) perder o posto de segundo maior valor de produção do país para a região Centro-Oeste (R$ 49,1 bilhões). O Sudeste continua na liderança, com renda prevista de R$ 75,4 bilhões.

O valor de produção do milho, ao contrário do da soja, sobe para R$ 27,2 bilhões, apesar da queda de produção no Sul, uma das principais regiões produtoras do país. O destaque fica para o crescimento na Centro-Oeste.

O Paraná manterá o maior valor de produção de milho neste ano, seguido de Mato Grosso e de Minas Gerais.

Milho tem menor venda externa em cinco anos

As exportações de milho caíram para 279 mil toneladas no mês passado, o menor patamar nos meses de fevereiro dos últimos cinco anos.

Esse volume exportado registrou queda de 76% em relação a igual período de 2011. As receitas somaram US$ 82 milhões e só não foram menores porque houve alta de 11% no valor do milho no mercado externo. Segundo a consultoria Céleres, a tonelada foi negociada a US$ 293.

Já as exportações acumuladas deste ano são de 1,13 milhão de toneladas, com receitas de US$ 325 milhões.

O Ministério do Desenvolvimento aponta Taiwan como o principal destino do milho brasileiro em fevereiro.

O país adquiriu 126 mil toneladas no mês passado, seguido do Irã, que comprou 53,4 mil toneladas, segundo o ministério.

Receitas com commodities mantêm queda neste mês

As principais commodities agropecuárias exportadas pelo Brasil continuam com queda de receita no início deste mês. A soja, líder do setor, e que vinha com forte aceleração nos dois primeiros meses, está com receitas diárias de US$ 89 milhões. Ainda superam as de fevereiro, mas estão 9% abaixo das de março do ano passado.

Dois produtos se destacam nas quedas: café e suco de laranja. O café, que vem obtendo recordes nas exportações nos dois últimos anos, perde 24% no valor das receitas neste mês em relação a igual mês de 2011.

As carnes mantêm receitas equilibradas, enquanto as exportações de fumo cresceram 50%, segundo a Secex.

Com KARLA DOMINGUES

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