Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Brasil pode dificultar importação de cebola Produtores solicitam ao governo que tome medidas contra o produto da Argentina DE RIBEIRÃO PRETOO Ministério da Agricultura estuda fórmulas para dificultar a entrada anual de até 170 mil toneladas de cebola argentina no Brasil. A medida é um pedido de produtores brasileiros, que se reuniram nos últimos dias com o ministro Mendes Ribeiro Filho, em Brasília. A safra nacional de cebola supera 1 milhão de toneladas por ano e a preocupação do setor está ligada ao bolso dos produtores. Eles vêm de duas safras seguidas de preços baixos e temem que a situação se repita em 2012. Segundo o presidente da Anace (Associação Nacional de Produtores de Cebola), Almir Schafer, o ministro se comprometeu a "estudar" medidas de proteção ao valor do produto brasileiro. "Sabemos que não dá para proibir, por causa do Mercosul, mas dá para dificultar", disse Schafer. A assessoria de imprensa Ribeiro Filho confirmou o compromisso assumido e disse que a pasta tentará dar mais estabilidade ao valor do quilo da cebola pago aos plantadores. A remuneração do quilo da cebola até começou 2012 em alta, após dois anos ruins, mas, como o produto da Argentina começa a chegar ao mercado nacional neste mês, a expectativa é que o valor caia devido à oferta maior. O valor pago aos plantadores em janeiro deste ano ficou em R$ 0,60 o quilo, na média. De acordo com a Anace, em fevereiro o preço foi ainda melhor para o produtor: chegou a R$ 1 e teve como resultado a média de R$ 0,80. "Mas, em outubro e em novembro [começo da atual safra em Santa Catarina], tinha produtor vendendo a R$ 0,40 o quilo, o que não paga nem os custos da lavoura", afirmou Schanfer. O consumo médio anual de cebola no Brasil é de aproximadamente 1,13 milhão de toneladas, de acordo com a Anace. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |