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Vandalismo paralisa usina de Santo Antônio

Obra fica próxima a Jirau, onde 20 mil trabalhadores estão em greve há 1 semana

FELIPE LUCHETE
ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO

Atos de vandalismo paralisaram ontem as atividades da usina de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), depois que trabalhadores decidiram cruzar os braços.

A construção fica próxima ao canteiro de obras de Jirau, onde as atividades foram paralisadas há uma semana. Reunindo 20 mil trabalhadores, a greve é considerada ilegal pela Justiça do Trabalho.

Pelo menos um ônibus foi incendiado na madrugada de ontem, de acordo com a Secretaria Estadual de Segurança, que enviou policiais ao canteiro.

Operários do período noturno decidiram paralisar no fim de terça-feira. Segundo o sindicato da categoria, eles reivindicam o mesmo que os colegas de Jirau: reajuste salarial de 30%, aumento da cesta básica e mudanças na jornada de trabalho, entre outros pontos.

Depois desse foco de tensão, o consórcio construtor Santo Antônio decidiu ontem liberar os funcionários que trabalham durante o dia.

Em nota, afirmou que quis "preservar a integridade física dos trabalhadores e o patrimônio da usina".

Na semana passada, a Secretaria de Segurança pediu ao governo federal que enviasse homens da Força Nacional de Segurança. Ainda não houve resposta.

QUEBRA-QUEBRA

Rondônia teme a repetição do quebra-quebra que tomou conta de Jirau há um ano e destruiu parte das instalações do canteiro.

O início da geração de energia atrasou em pelo menos seis meses.

Na época, Santo Antônio também decidiu liberar as atividades por algumas semanas. A usina, que tem cerca de 15 mil trabalhadores, previa fazer girar sua primeira turbina já neste mês.

Segundo o Sticcero (sindicato dos trabalhadores da construção civil), haverá na manhã de hoje uma assembleia com trabalhadores da Santo Antônio.

O consórcio construtor afirmou que não houve "danos materiais relevantes" e que já fazia negociações com o sindicato.

No início de março, o governo federal patrocinou um acordo com construtoras e centrais sindicais para evitar confrontos em grandes obras.

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